Pelo menos 21 pessoas morrem em dia violento no Iraque

  BAGDÁ - Pelo menos 21 pessoas morreram nesta quarta-feira (8) em episódios de violência ao norte e ao sul de Bagdá, incluindo 13 vítimas de um atentado com carro bomba durante uma cerimônia xiita, segundo fontes de segurança e médicas.   Desde o começo do mês 90 pessoas já morreram no Iraque por causa da violência, das quais 47 eram membros das forças de segurança, segundo uma contagem feita com base em registros fornecidos por fontes médicas e de segurança.   Essas mortes foram registradas depois do anúncio feito por um ramo iraquiano da Al-Qaeda de uma "ofensiva sagrada durante o Ramadã", o mês de jejum muçulmano, que começou dia 20 de julho.   Pouco antes da refeição que marca a quebra do jejum nesta quarta-feira, um atentado com carro bomba foi praticado às 15h45 GMT (12h45 de Brasília) na cidade de Al-Tanmiyah, em uma cerimônia xiita em memória do imã Ali.   Um tenente-coronel da polícia afirmou que 13 pessoas morreram e 30 ficaram feridas. Os corpos foram transportados para o hospital de Suweirah, confirmou uma fonte médica.   A 200 km ao do norte de Bagdá, oito membros de uma mesma família, entre eles um advogado e um inspetor judicial, morreram baleados, depois das ameaças do braço iraquiano de Al-Qaeda de atacar os representantes da justiça, indicaram fontes médicas e de segurança.   Em uma mensagem divulgada dia 25 de julho na internet, o Estado Islâmico do Iraque (ISI, na sigla em inglês), um braço da Al-Qaeda, anunciou "uma ofensiva sagrada durante o Ramadã" contra alvos "meticulosamente escolhidos", principalmente contra as "forças de segurança, o exército" e xiitas.   Os ataques no Iraque diminuíram em comparação com os níveis alcançados em 2006 e 2007, mas continuam frequentes. Em julho, foram registrados episódios violentos em 27 dias.   O número oficial de mortos em ataques para o mês de julho é de 325, o mais alto desde agosto de 2010.