Pensamento positivo: pesquisa do Sebrae Minas aponta confiança entre donos de pequenos negócios

Evaldo Magalhães
efonseca@hojeemdia.com.br
10/03/2021 às 19:23.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:22
 (Maurício Vieira)

(Maurício Vieira)

Disparada nos casos de Covid-19, hospitais lotados, atividades não essenciais suspensas e vacinação lenta compõem cenário, no mínimo, desolador em Minas e no Brasil. Mas, para boa parte dos pequenos empreendedores do Estado, ainda há razões para cultivar um pensamento positivo. É o que apontam resultados de fevereiro da pesquisa do Índice de Confiança dos Pequenos Negócios (Iscon), realizada pelo Sebrae Minas com 1.542 empreendedores de diversos segmentos.

Lançado em novembro de 2020, o Iscon expressa a tendência de comportamento dos empresários e tem como base o Índice de Situação Recente (ISR), sobre a avaliação dos últimos 3 meses, e o Índice de Situação Esperada (ISE), relacionado às expectativas para o trimestre seguinte. No mês passado, o ISR alcançou 127 pontos (em uma escala de 200, sendo 100 a marca que separa retração e expansão), superando janeiro em seis pontos. Já o ISR foi de 72 pontos, um a menos que no mês anterior. 

“Apesar de ter menor peso no cálculo do Iscon, o ISR mostra que houve uma leve piora da avaliação do cenário econômico pelos empresários nos três meses anteriores ao levantamento. Em contrapartida, as expectativas no curto prazo melhoraram, com tendência à estabilidade”, explica Paola La Guardia, analista de Inteligência Empresarial do Sebrae Minas. Ela destaca ainda que, no caso da “situação esperada”, com base em três aspectos ( empregos, estrutura e faturamento), o destaque é em relação à ampliação de negócios. 

“Metade dos entrevistados acredita que irá melhorar o faturamento até o final de maio, enquanto 30% acham que não muda e 19%, que diminui. Já no caso dos empregos, a expectativa é estabilidade, o que não deixa de ser positivo: 75% dizem que a situação não deve se alterar. Por fim, na estrutura, 52% acham que vai ser mantida”, afirma Paola.

Uma das explicações para esse “quase otimismo” tem relação com o “espírito empreendedor”, comum à maioria dos MEIs, micro e pequenos empresários. “Desde novembro, observamos que eles avaliam que a economia teve piora nos três meses anteriores, mas mostram confiança para os seguintes”, afirma ela. O resultado disso costuma ser maior empenho na gestão e no planejamento.

Leia mais:

© Copyright 2024Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por
Distribuido por