Pentágono define regras de ação em caso de ciberataques

AFP
12/10/2012 às 21:42.
Atualizado em 22/11/2021 às 02:03

WASHINGTON - O Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, está finalizando suas regras de atuação para responder a ciberataques que sejam suscetíveis de provocar danos materiais significativos, anunciou nesta semana o chefe do organismo, Leon Panetta.

"As novas regras precisam que o Departamento de Defesa teria a responsabilidade não somente de defender sua rede, mas também de estar disposto a defender o país e os interesses nacionais contra um ataque", declarou Panetta em Nova York, ante uma assembleia de homens de negócio, segundo o texto de seu discurso comunicado.

"Não triunfaremos em impedir um ciberataque simplesmente com defesas melhoradas. Caso detectemos uma ameaça iminente de ataque que provoque sérias destruições físicas ou a morte de cidadãos norte-americanos, devemos ter a possibilidade de reagir para defender o país caso o presidente assim ordene", disse Panetta.

"O Pentágono está desenvolvendo a capacidade de realizar operações eficazes para responder às ameaças contra nossos interesses nacionais no ciberespaço", completou, sem utilizar jamais a palavra "capacidade ofensiva".

Contudo, um alto responsável de Defesa norte-americano disse a jornalistas que "todos aqueles que queiram nos atacar devem saber que o Departamento de Defesa tomará todas as medidas necessárias".

O secretário de Defesa afirmou que o Pentágono sabe que atores estrangeiros podem atacar a rede de infraestrutura crucial dos Estados Unidos, ou seja, os sistemas de controle de centrais elétricas e as redes de distribuição de água e transporte.

De acordo com um alto responsável de Defesa, que se pronunciou sob condição de anonimato, os Estados Unidos estão "particularmente preocupados com a Rússia e a China" e pelo Irã, que possui capacidade de crescimento.

Para defender infraestruturas essenciais, Leon Panetta estima que seria necessário que o governo e o setor privado pudessem trocar mais facilmente informações sobre as ameaças do ciberespaço.

Com um orçamento anual de US$ 3,4 bilhões, o CyberCommand, o comando norte-americano que cuida destas questões, é capaz de identificar a origem e os autores de um ataque, o que reforça segundo o secretário a capacidade de defesa dos Estados Unidos.

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