Fabíola Cangussu
Repórter
As linhas de crédito para micro, pequenos e médios empresários são apontadas por especialistas como forma de fomentar o comércio e em muitas vezes, reduzir o índice de pobreza de uma região. Bancos como Credimontes e Banco do Nordeste criaram programas que visam atender um público que na maioria dos bancos é ignorado.
O Banco do Nordeste oferece créditos para insumos, capital de giro para micro e pequena empresa com juros a partir de 0,98% mensais. Taxa apontada como uma das mais baixas do mercado. O que segundo a assessoria, segue a característica do banco de apoiar o desenvolvimento da região que atua, oferecendo em muitos casos, assessoria empresarial.
Crediamigo beneficia microempresários da região
Recursos do fundo constitucional de financiamento do Nordeste, disponibilizado pela instituição financeira para o setor produtivo oferecem taxa de juros que variam de 3,75% a 6,38% anual para o setor rural e 5,06% a 7,5% para as grandes empresas dos demais setores.
Segundo o superintendente do Banco do Nordeste para os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, José Mendes Batista, o microcrédito promove inclusão e inserção social àqueles que estão à margem do processo produtivo e econômico.
- Apesar de o volume de recursos disponibilizados para o seguimento de crédito orientado, como é o caso do Crediamigo e Agroamigo, ser pequeno, a geração de emprego que ele oferece é grande e os resultados aparecem dependendo da força de vontade de quem empreende - comenta o superintendente.
Segundo estudo do perfil sócio-econômico dos clientes do credioamigo realizado pelo Centro de Políticas do instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas – IBRE/FGV, mais da metade, 60,8%, dos clientes do Programa de Microcrédito Produtivo Orientado do Banco do Nordeste, Crediamigo, saíram da linha da pobreza e deixaram para trás sua condição de miserabilidade.
A Credimontes também tem uma linha de crédito especial de capital de giro para seus associados, com taxa média de 1.8% e com carência de 90 dias.
- Os associados podem quitar seu empréstimo em até 24 meses e o seu crédito quando necessário torna-se rotativo. Assim, todas as parcelas pagas retornam em forma de reempréstimo - explica o diretor executivo da cooperativa Hernani Meira.
O diretor afirma que o BDMG disponibilizou cerca de 2 milhões para empréstimos aos associados que podem ter linha de crédito que varia de R$200 reais a R$10 mil reais, dependendo da capacidade de pagamento, baseado em seu cadastro.