Em contato realizado com uma exportadora de São Paulo, que trabalha com a Cooperjap, ficou acertado que em breve, que o Canadá deverá receber cerca de duas mil toneladas de pequi. Mas essa não é a primeira viagem que o pequi de Japonvar fez. O produto já conseguiu quebrar fronteiras e chegar à mesa do consumidor norte-americano, onde também foram encaminhadas duas mil toneladas.
Depois da idéia de os catadores se unirem numa Cooperativa para trabalhar com a despolpa do pequi e trabalhar com seus subprodutos ficou mais fácil enxergar um negócio, além dos caminhões que hora vinham para comprar nas beiras das estradas o ouro norte-mineiro, como reconhecem os catadores.
A Cooperativa gera uma receita equivalente a cerca de R$ 400 mil, por ano, conforme o contador e advogado da pequena empresa, Mauro Rocha. Os sócios ainda não têm sede própria, mas com o lucro das vendas dos produtos, querem construir uma, em 2008. A única preocupação da entidade, no entanto, é quanto à redução de 50% da safra 2006/2007.
- A redução da safra é por conta da falta de consciência na hora de colher o pequi. Muita gente não espera o fruto cair no chão, como manda a natureza, prefere derrubar o pequi com um pedaço de pau e isso atrapalha a produtividade da planta, já que frutos verdes também são derrubados - reclama José Antônio.
As associações de catadores de pequi, ali mesmo do entorno do município, entenderam que era preciso se ter uma visão de negócio e levar o pequi para outras praças, já que acreditam em seu poder de conquista pelo paladar. Quem conhece diz que só pelo cheiro é possível identificar se vai ou não gostar, no entanto, o fato é que depois de longos anos de falta de qualificação de mão-de-obra, a Cooperativa se viu num emaranhado de dívidas, hoje, no caminho de serem quitadas depois do auxílio do Sebrae, responsável por implantar o programa de Gestão Orientada para Resultados (Geor). ( V.E)