Peres apela à comunidade internacional a eliminar armas químicas da Síria

JERUSALEM - O presidente israelense Simon Peres apelou neste domingo (25) à comunidade internacional para eliminar as armas químicas da Síria, após os supostos ataques com gás tóxico de quarta-feira na região de Damasco.

As armas químicas "não podem permanecer ali, ou seja, nas mãos de al-Assad ou nas de algum outro", declarou Peres paralelamente a um encontro em Jerusalém com o chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius.

"É muito complicado, muito caro, mas será ainda mais complicado e mais perigoso" deixar as coisas como estão, acrescentou Peres. Peres cumprimentou a França pela "clareza e coragem" de suas declarações e qualificou Paris como "a voz mais clara a respeito da Síria".

"Tudo aponta para um massacre químico e para a responsabilidade muito grande de Bashar al-Assad. Não seria compreensível se, a partir do momento onde os fatos estão estabelecidos, não haja uma forte reação da comunidade internacional", declarou Fabius, de visita a Israel e aos territórios palestinos.

Após a reunião semanal de seu executivo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, denunciou "uma tragédia terrível, um crime terrível".  "Nossos pensamentos estão com as mulheres, bebês e crianças atingidos tão cruelmente pelas armas de destruição em massa", disse o primeiro-ministro, para quem este ataque mostra que "os regimes mais perigosos do mundo não podem possuir as armas mais perigosas do mundo".

Netanyahu, que também deve se encontrar com Fabius ao longo do dia, explicou que Israel vigia atentamente a Síria e que está disposto a atuar se se sentir ameaçado. "Nosso dedo é um dedo responsável, mas se for necessário, pode estar sobre o gatilho", alertou.

O ministro das Relações Exteriores, Assuntos Estratégicos e Inteligência, Yuval Steinitz, informou neste domingo que "haverá uma reação da comunidade internacional, dos Estados Unidos e, possivelmente, de outros estados", declarou a uma rádio militar.