(Lucas Figueredo/CBF)
Os cinco títulos de melhor jogador do mundo não pesaram a favor de Lionel Messi recentemente quando o argentino teve pela frente um gigante chamado Alisson. Depois de levar a melhor sobre o Barcelona do hermano nas quartas de final da Champions League 2017/18 (pela Roma) e nas semifinais do torneio em 2018/19 (pelo Liverpool), o goleiro brasileiro completou um “hat-trick” em cima de La Pulga, no jogo entre os dois maiores rivais sul-americanos, na última terça-feira.
Além de hospedar os sonhos de Messi – não porque o argentino acha o goleiro bonito, mas sim pelo fato de o arqueiro se transformar em seu pesadelo –, Alisson está muito perto de alcançar alguns feitos individuais. Caso não sofra gol na decisão, no domingo, no Maracanã, ele chegará a seis partidas seguidas sem ser vazado na Copa América, igualando o recorde de Taffarel, invicto debaixo das traves por seis rodadas consecutivas na edição 1989 e que, gaúcho como ele, tornou-se seu professor no combinado tupiniquim.
A diferença é que Taffarel, à época, levou um gol em um embate, para a Venezuela, antes de emplacar essa série. Caso não seja vencido, Alisson pode fazer este Brasil se tornar o quarto campeão de uma Copa América sem sofrer gol. Isso só aconteceu anteriormente com Uruguai, duas vezes, em 1917 e 1987, e Colômbia, em 2001.
Tradição
Existe ainda outro fato relevante. O atual arqueiro da Seleção pode manter uma tradição que começou em 1989, de um titular do gol verde-amarelo em Copas do Mundo faturar o troféu de uma Copa América. Dono da posição nos Mundiais de 1990, 1994 e 1998, Taffarel angariou as taças do torneio sul-americano em 1989 e 1997.
O mesmo aconteceu com Marcos, titular do Mundial de 2002 e campeão da Copa América de 1999, mesmo troféu celebrado por Dida, o homem debaixo das traves na Copa do Mundo de 2006.
Completam a lista recente Julio Cesar, titular das Copas do Mundo de 2010 e 2014 e vencedor da América em 2004.
Trave amiga
Uma bola na trave no primeiro tempo, outra no segundo, no Mineirão. Um grande goleiro também conta com a sorte, como se deu no duelo passado com a Argentina. Resta saber o desfecho dessa saga. Seria sonhar demais emplacar ainda um lugar na lista dos melhores jogadores do mundo na eleição da Fifa? O intuito dele, no entanto, é ajudar a Seleção naquilo que for preciso. “Trabalhamos para isso. Buscamos ficar sempre concentrados para enfrentar jogadores que podem fazer a diferença”, destacou o arqueiro.