Por essa razão, o pesquisador explicou que pesquisa Síntese de Indicadores Sociais apresentou uma análise de pobreza multidimensional, que mede o acesso da população a bens e a serviços que estão relacionados aos direitos sociais.
Pesquisa analisou direitos como educação e internet
Neste aspecto, ressaltou, do total da população, 64,9% tinham restrição de acesso a pelo menos um dos direitos analisados - educação, proteção social, moradia adequada, serviços de saneamento básico e internet.
Athias explicou a amplitude do levantamento e os diversos aspectos avaliados. “Observando estes vários parâmetros de definição de pobreza, a SIS concluiu que no Brasil os números e percentuais que definem a pobreza e a extrema pobreza se apresentam de forma distinta”, disse.
“Chega-se a 4,2% da população segundo o recorte de pobreza extrema do Bolsa Família (R$ 85 mensais), a 6,5% no recorte de pobreza extrema global do Banco Mundial (U$ 1,9 por dia, equivalente a R$ 134 mensais) e a 12,1% com um quarto de salário mínimo per capita”, explicou.
“Recortes de pobreza mais altos incluem a população com até meio salário mínimo per capita (29,9%) e a linha do Banco Mundial que leva em conta o nível de desenvolvimento brasileiro (e da América Latina) de US$ 5,5 dólares por dia”, ressalta.