A Petrobras anunciou novo reajuste nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha, vendidos às distribuidoras, em meio à disparada da cotação do petróleo no mercado internacional. A medida passa a valer nesta sexta-feira (11), após cerca de dois meses com preços congelados nas refinarias.
De acordo com a estatal, o preço médio da gasolina passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, o que representa aumento de 18,8%. No caso do diesel, o preço médio do litro passa de R$ 3,61 para R$ 4,51 - alta de quase 25%.
Para o GLP, conhecido como gás de cozinha, o reajuste aplicado foi de 16,1%. O quilo do gás passa de R$ 3,86 para R$ 4,48, o que representa aumento de R$ 58,21 no botijão de 13 kg. De acordo com a Agência Nacional do Petroleo (ANP), o produto não sofria reajuste há mais de 150 dias. Em média, o botijão de 13 kg custa, atualmente, R$ 102,64 no Brasil.
Em comunicado oficial, a Petrobras afirmou que o reajuste foi necessário após observação de preços "em patamares consistentemente elevados, para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras."
A empresa ainda explicou que decidiu não repassar imediatamente a volatilidade do mercado ao consumidor, tendo em vista as consequências da guerra entre Rússia e Ucrânia. A redução na oferta global do petróleo fez com que fosse necessária uma condição de equilíbrio econômico "para que os agentes importadores tomem ação imediata, e obtenham sucesso na importação de produtos de forma a complementar o suprimento de combustíveis para o Brasil."
Antes de chegar à bomba de combustíveis, os reajustes anunciados ainda devem sofrer influência de impostos e margem de lucro dos distribuidores e revendedores, por exemplo.