A Petrobras vai apresentar ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), nesta quarta-feira (1), os detalhes envolvendo o planejamento da parada técnica da plataforma de Mexilhão, na Bacia de Santos, onde produz cerca de 15 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural. O objetivo da reunião é esclarecer dúvidas dos integrantes do Conselho sobre eventuais impactos no setor elétrico.
Em nota, a Petrobras esclarece que para compensar a parada em Mexilhão, o planejamento realizado pela companhia “envolveu aumento na oferta nacional de gás natural por meio da importação de gás natural liquefeito (GNL), bem como a parada para manutenção programada de usinas termelétricas em coordenação com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS)”.
“A avaliação da Petrobras é de que as medidas garantem a oferta de gás natural durante os 45 dias em que duram as obras, uma vez que a produção concentrada em Mexilhão responde por menos de 10% da oferta no mercado nacional”, diz a estatal.
O presidente da Petrobras, Ivan Monteiro, reuniu-se na segunda-feira (30), em Brasília, com o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, quando apresentou o plano de investimentos da empresa e esclareceu os trâmites da parada técnica da plataforma de Mexilhão. O ministro informou que pediria ao presidente da Petrobras que adiasse por “um ou dois meses” a manutenção programada para a plataforma de Mexilhão.
Na nota, a Petrobras esclarece ainda que a parada programada de Mexilhão envolve investimentos da ordem de R$ 1 bilhão e mobiliza mais de 500 pessoas. “O projeto atende a exigências legais de segurança do Ministério do Trabalho (NR-13), além de adaptar as instalações para o escoamento da crescente produção de gás natural no pré-sal da Bacia de Santos, e teve seu planejamento iniciado em 2014”.