Petroleiros fazem protesto conjunto contra aumento dos combustíveis em frente à Regap, em Betim
(Reprodução/TV Globo)
Lideranças sindicais se manifestam na porta da Refinaria Gabriel Passos, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na manhã desta sexta-feira (25). O ato contesta a alta nos preços dos combustíveis e do gás de cozinha, e é liderado pelo Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro-MG), com apoio de trabalhadores da educação, estudantes e representantes de movimentos sociais, populares e sindicais.
Atos como esse também estão programados em outras cidades brasileiras, sob organização da Federação Única dos Petroleiros (FUP). De acordo com o Sindipetro, os recentes reajustes aplicados no país prejudicam diversos setores do país, o que levou também à união das categorias.
“Combustíveis caros aprofundam a fome e o desemprego. O preço alto do diesel afeta os caminhoneiros e, por sua vez, impacta os preços dos alimentos. Somado ao aumento do preço do botijão de gás de cozinha, as famílias mais pobres são as mais prejudicadas. O uso da lenha para cozinhar, em alguns casos, é uma triste ilustração desse quadro”, informou a entidade.
O movimento também apoia mudanças na política de preços da Petrobras, como explicou o coordenador do Sindipetro, Alexandre Finamori. “O petróleo é produzido no Brasil e não há motivo para que os preços dos combustíveis sejam dolarizados. A empresa deve se preocupar menos com os lucros dos acionistas e mais com a sua função social”, diz.
Reajuste
No dia 11 de março, a Petrobras anunciou novo reajuste no preço dos combustíveis, elevado diante ao conflito entre Rússia e Ucrânia. Desde então, o valor da gasolina vendida pela empresa teve alta de mais de 18%. Já o diesel saltou quase 25%.
Em algumas cidades do Estado, o valor do litro da gasolina ultrapassa os R$ 8, sendo encontrado até por R$ 8,199 em Passos, no Sul de Minas.