Petróleo ainda é a maior matriz energética

Jornal O Norte
09/10/2007 às 17:51.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:19

Conforme informou a ABIO-diesel-Associação brasileira de biodiesel, recentes estudos sobre os impactos causados pelos combustíveis fósseis contribuíram para colocar o tema dos biocombustíveis no centro das discussões. Hoje, a matriz energética mundial é composta por petróleo (35%), carvão (23%) e gás natural (21%). Um dado importante é que apenas 10 dos países mais ricos consomem cerca de 80% da energia produzida no mundo, entre estes, os Estados Unidos, responsáveis por 25% da poluição atmosférica.

O motivo da preocupação e busca por fontes alternativas é porque analistas estimam que, dentro de 25 anos, a demanda mundial por petróleo, gás natural e carvão tenha um aumento de 80%, combustíveis fosseis e não renováveis.

- Por conta do aquecimento global, os países poluidores querem reaver o que já fizeram de prejudicial ao meio ambiente. Por isso, buscam os combustíveis alternativos, mas não têm capacidade de produzir o suficiente. Já o Brasil pode oferecer a matéria-prima energética deslocando da matéria-prima alimentar. Hoje, somos o único país que pode oferecer oleaginosas industriais, devido à diversidade natural brasileira - concluiu Nivaldo Trama, presidente da ABIOdiesel.

Apesar de toda ansiedade que circunda a produção de biodiesel, ainda não se tem um arranjo produtivo organizado. A Companhia nacional de abastecimento é que seria a responsável pelos arranjos produtivos, mas até agora os pequenos produtores nem sabem se vão plantar mamona ou pinhão-manso. A primeira alternativa é a citada pela Petrobrás até o momento, mas alguns produtores que aplicaram seus próprios recursos em oleaginosas estão estocando sementes de pinhão-manso e comercializando o quilo a uma média de R$ 50. Vale lembrar que a usina de biodiesel de Montes Claros terá que comprar matéria-prima de outras regiões, já que, segundo a Emater, não há grandes áreas plantadas da matriz energética escolhida: a mamona.

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