Peugeot 308 (e meio): Fabricante Francês aplica plástica no hatch para ficar como a nova geração

Marcelo Ramos / Hoje em Dia
31/10/2015 às 08:39.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:17
 (Peugeot)

(Peugeot)

Guarujá (SP) – Já faz mais de um ano que a nova geração do Peugeot 308 já roda na Europa, com linhas mais retilíneas e com um jeitão de Golf, o hatch médio faz parte do plano de reestruturação no Velho Mundo. Por aqui sua chegada é certa, mas irá depender de uma considerável melhora no cenário econômico, como garante a diretora Geral da Peugeot do Brasil, Ana Teresa Borsari. E enquanto isso, a solução foi reestilizar a atual geração vendida por aqui, importada da Argentina.

Conforme foi apresentado no Salão de Buenos Aires, em junho, o 308 ganhou nova parte frontal, com faróis e grades em sintonia com a atual identidade visual da marca, que por aqui foi inaugurada com o jipinho 2008.

Em termos de conteúdo o 308 oferece poucas novidades, como os protocolos de espelhamento Mirror Linke e Apple Car Play, que permite manusear os aplicativos dos smartphones no monitor do painel. O 308 também passa a oferecer unidade de armazenamento de músicas e fotos com capacidade de 16 GB, dentre outros mimos.

O restante é mais do que conhecido, mas é preciso reconhecer que o Peugeot sempre se destacou pela fartura de equipamentos, ótimo acabamento e montagem precisa.

Além do tapinha visual e as firulas eletrônicas, o 308 também passou por revisão na suspensão, que segundo a marca está mais confortável e resistente. Oferecido em duas versões de acabamento e três opções de motorização, partindo da Allure 1.6 de 122 cv, com caixa manual, por R$ 69.990, passando pela intermediária Allure 2.0, automática, partindo de R$ 75.990 e finaliza na Griffe, equipada com o irrepreensível motor turbo THP 1.6 de 173 cv e a nova transmissão automática EAT6, por R$ 82.990.

Marca quer chegar a 1,4% de participação em 2016

Nos últimos 10 anos a Peugeot assistiu sua participação de mercado cair de 3,3% para 1,1%. E veja que se trata de perspectiva otimista para o fechamento do ano, pois no ano passado ela fechou com 0,95%, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Em unidades, serão menos de 30 mil carros, mas a nova diretora Geral da marca enxerga os números de forma positiva.

“Temos os elementos para promover uma virada na Peugeot, que são produtos qualificados. Nossa meta é fechar esse ano com 1,1% de participação e terminar 2016 com 1,4%”, observa a executiva.

O baixo desempenho da marca no país é resultado de diversos fatores externos e internos. A Peugeot tem trabalhado num reposicionamento de mercado, buscando se fixar num patamar de automóveis mais sofisticados. Se na década de 2000 ela fez volume com o 206, que ocupava a base da gama, hoje o modelo mais simples é o refinado 208, equipado com motor 1.5, que parte dos R$ 46 mil. E na falta de um modelo de baixo custo a queda de participação era inevitável.

Questionada por que a marca não conseguiu o mesmo êxito da Renault, que assim com a Peugeot é francesa e chegou na década de 1990, mas apostou em modelos de baixo custo oriundos da Dacia, a diretora foi enfática. “Não concorremos com essa marca. Não temos os mesmos objetivos e estratégias comerciais”, respondeu Ana Teresa, que deixou claro que, o dia que o mercado brasileiro evoluir para padrão de consumo premium a Peugeot certamente terá o percentual de participação da conterrânea.

Reforço
Nesse cenário de retomada de crescimento no mercado brasileiro, o 308 deverá contribuir com aproximadamente 10% das vendas da marca. Segundo o diretor de Marketing da Peugeot do Brasil, Frederico Battaglia, a expectativa de vendas do hatch para 2016 é de 3,3 mil unidades.

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