Estou no meu segundo Peugeot, mas não me considero suspeito para falar do 508. O sedã, que nossa reportagem avaliou nesta semana, é disparado o melhor automóvel feito pela marca em seus 130 anos de história. Elegante, o modelo de 4,79 metros – 10 cm a mais que o 408 nacional – contempla praticamente tudo o que o mais exigente dos emergentes deseja, pelo preço de R$ 110 mil.

Em termos visuais, ele combina a sobriedade do perfil clássico, de três volumes, com a nova orientação de estilo da Peugeot. Já em termos aerodinâmicos, seu coeficiente de arrasto (Cx), de 0,28, é um dos mais baixos do mercado, o que traduz um deslocamento silenciosíssimo.

Quadri-zone

Por dentro, não falta conteúdo e tecnologia embarcada, com destaque para a climatização em quatro zonas, com ajustes independentes para o banco traseiro, para o Head-Up Display e para as luzes de leitura diodo (LEDs) – os faróis de xenônio autodirecionais também trazem LEDs para uso diurno.

Por falar em faróis, o modelo dispõe de função Auto para fachos baixo e alto, e seu Park Assist mede as vagas para o condutor – o sistema só não faz a baliza, automaticamente, como no Tiguan, da Volkswagen.

Recheado de comandos, o 508 conta com um sofisticado sistema multimídia, o WIP Drive, comandado por um botão giratório – semelhante ao iDrive, da BMW. Ele conta controla todas as funções do veículo, incluindo as do navegador por satélite (GPS) embarcado, através de uma tela de 7 polegadas, no console frontal.

Sob o capô, o granda-lhão usa o mesmo motor THP, de 165 cv, do irmão menor e do cupê RCZ. Ela dá conta do recado, mas é nitidamente inferior a um V6 e até mesmo à unidade TSI de 200 cv, que equipa o Passat.

Seu maior atributo é a eficiência, mas a verdade é que o 508 não sobressai pela performance. Na marca do leão, o rei do animais vence pelo conjunto e não pela força.