A Polícia Federal usou informações da delação premiada do empresário Joesley Batista, da JBS, para questionar o presidente Michel Temer. No longo questionário - 82 perguntas - enviado ao presidente, a PF cita trecho de um dos depoimentos de Joesley sobre suposta afirmação de Temer no sentido de contribuir com o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB/RJ), preso na Operação "Lava Jato" desde outubro de 2016 e já condenado a 15 anos e quatro meses de prisão pelo juiz Sérgio Moro.
"Joesley Batista também aduziu no depoimento de fls 4251 que Vossa Excelência se dispôs a 'ajudar' Eduardo Cunha no Supremo Tribunal Federal através de dois Ministros que lá atuam", assinala a PF na pergunta 23.
"Vossa Excelência confirma isso? Se sim, de que forma prestaria tal ajuda? Quais eram esses dois Ministros?"
Temer não é obrigado a responder a nenhuma pergunta da PF. Como investigado, ele está desobrigado de falar. Seu advogado, o criminalista Antônio Claudio Mariz de Oliveira, informou que o presidente não vai responder a todas as indagações.
Segundo Mariz, o presidente não vai falar sobre o conteúdo do áudio da conversa que ele teve na noite de 7 de março no Palácio do Jaburu com o acionista da JBS - o peemedebista diz o áudio foi "manipulado, adulterado".Leia mais:
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