(Pedro Gontijo / Imprensa MG)
O pico da pandemia de Covid-19 em Minas Gerais deve ocorrer entre os dias 4 e 5 de maio. A previsão anterior da Secretaria de Estado de Saúde (SES) era de que esse ápice no número de casos da doença ocorreria neste mês, entre os dias 25 e 27. Em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira, no entanto, o titular da SES, Carlos Eduardo Amaral, informou que, graças à adesão dos mineiros ao isolamento social, o pico está sendo achatado em Minas.
O Estado registra nesta quarta-feira 51.640 casos suspeitos de Covid-19, 614 pacientes com a doença confirmada, 97 óbitos investigados, 115 óbitos descartados e 14 mortes confirmadas por contaminação pelo novo coronavírus.
O secretário alertou, entretanto, que é preciso manter mas medidas de isolamento, evitar aglomerações, usar máscara ao sair de casa, fazer a higiene das mãos com água e sabão ou com álcool em gel e não levar as mãos ao rosto. “Minas está conseguindo ter algum controle do avanço da curva de contaminação pelo novo coronavírus, então, manter as medidas de isolamento neste momento, contando com a colaboração da sociedade, é muito importante”, alertou.
"Nossa curva de casos em Minas Gerais tem se comportando de maneira bem menos agressiva do que em outros estados, o que mostra que o povo mineiro tem colaborado. Isso significa que devemos sair desta crise menos machucados, com menos pessoas afetadas", avaliou também o governador Romeu Zema, que fez um pronunciado antes da entrevista coletiva.
De acordo com Amaral, o Estado tem neste momento 56% de ocupação dos leitos de terapia intensiva. Os leitos de enfermaria disponíveis para atender a pacientes com Covid-19, segundo ele, são 55.240. Assim, de forma geral, o secretário avalia que não há sobrecarga no sistema em Minas.
Flexibilização
Sobre a possibilidade de o Estado seguir a recomendação do Ministério da Saúde de que possa ser flexibilizado o isolamento social em municípios que não tenham comprometido mais de 50% da capacidade de ocupação das suas redes de atendimento à saúde, Carlos Eduardo Amaral considerou que a situação de Minas é diferente, porque a SES trabalha com macro e microrregiões de saúde. Ele lembrou que dos 853 municípios mineiros, 770 têm até 20 mil habitantes e muitos destes usam sistemas de saúde conjuntos, com migração de pacientes entre os municípios das microrregiões de saúde.