(Wesley Rodrigues)
A 26 dias das eleições que irão escolher o próximo governador, o candidato do PSDB, Pimenta da Veiga, receberá o senador Aécio Neves (PSDB) duas vezes apenas nesta semana e explorará de forma intensa o escândalo da Petrobras, em uma tentativa de ligar o adversário petista Fernando Pimentel ao imbróglio nacional. Nessa terça-feira (9), ele classificou como baixaria a denúncia de pagamento de propina pela estatal e disse que quer ser comparado ao rival.
Desde a semana passada, os programas eleitorais do tucano na televisão e no rádio tentam mostrar ao eleitor qual é a legenda de Pimentel. Ele acreditam que a imagem do PT está muito desgastada e pode sair mais arranhada pelo escândalo da Petrobras.
Pimenta retrucou o adversário classificando como baixaria o caso nacional. “Ninguém está fazendo baixaria. O que estou pedindo é uma reflexão sobre a baixaria que aconteceu. A baixaria é o escândalo. O maior da historia brasileira. São R$ 4 bilhões, na hipótese mais modesta. Alguns falam que chega a R$ 10 bilhões. Isto é que é uma baixaria. Fazer isso é que é uma baixaria”, afirmou. Anteontem, Pimentel disse que não comentaria a denúncia por não querer baixar o nível. Seus aliados acusam a empreitada tucana de apelar para a baixaria nos programas de rádio e televisão.
“Somos dois candidatos principais e acho que devemos nos comparar de todos os modos: na vida pregressa, nos projetos que temos para Minas, nas companhias que temos, no que representamos para o Estado e para o país. Tenho muita alegria em me comparar”, afirmou Pimenta.
Reforço
Nesta quinta-feira (11), o senador Aécio Neves irá com Pimenta ao Norte de Minas. Além de tentar estancar a perda de votos em solo mineiro, sua base eleitoral, Aécio quer salvar a campanha estadual. Por isso, tucanos avaliaram ser essencial a presença do senador ao lado de Pimenta. “Em levantamentos internos temos visto que muitas pessoas ainda acham que Pimentel é amigo de Aécio e chegam a confundir os nomes também”, disse uma fonte ligada à campanha.
Sugestões de policiais civis
Pimenta reuniu-se, nessa terça, com policiais civis e com representantes de produtores de cachaça. Ele disse que não apresentaria propostas para a categoria dos policiais. “Vamos ouvi-los. Não vamos apresentar proposta. Tenho como hábito, é da minha estrutura, da minha personalidade, ouvir as pessoas”. O tucano disse que recolheria as sugestões dos policiais e estudaria possibilidades de contemplá-los.