(Lucas Prates)
O candidato ao Palácio Tiradentes pela Coligação “Todos por Minas”, Pimenta da Veiga (PSDB), prometeu, nessa segunda-feira (15), revisar a política tributária estadual e “desburocratizar” a economia. Durante a sabatina na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), que reuniu os três principais concorrentes ao governo, Pimenta disse que “é um erro enorme taxar além do que deve ser tributado” e que “tem horror à burocracia”. “Para governar, é preciso primeiro falar a verdade e ter coragem. É preciso diagnosticar o que é inútil e ter coragem para mudar, corrigir distorções do ponto de vista tributário”, destacou o tucano. Pimenta propôs a duplicação de todas as estradas feitas pelo governo de Minas com “intensa participação” da iniciativa privada, além da criação de um grupo de trabalho, caso seja eleito, composto pela Fiemg, pela CDL e pelo governo de Minas para diagnosticar o que precisa ser feito. “Vamos estabelecer um calendário para que os empresários saibam que podem investir no Estado”. Aécio Na única vez em que citou o nome do presidenciável Aécio Neves (PSDB) na sabatina, Pimenta afirmou que o governo federal “teve a preocupação de enfraquecer Aécio e castigou Minas”. A frase foi dita em resposta ao questionamento de um dos representantes da classe econômica do Estado sobre o “tratamento distante dado pelo PT a Minas”. O candidato aproveitou a oportunidade para cobrar a obra de ampliação do metrô de BH, e para criticar a instalação da fábrica da Fiat, que poderia ter sido fixada no Estado, em Pernambuco, em função de isenção fiscal. “É revoltante o que o PT fez com Minas. Foi um ato discriminatório”. Inflação Ao questionar a política econômica do governo federal, o ex-prefeito de BH lembrou que, quando o Plano Real foi adotado, “a inflação era de 2.500%”, fruto de uma falta de controle de gestões anteriores à de Fernando Henrique Cardoso. Hoje, é de 6,5%. “Sabe como chegamos a esse valor na época anterior ao Real? A inflação estava em 6%, 7%, 8% e perdeu-se o controle. Então, sabíamos que, a cada ponto da inflação, tudo poderia ser corroído em dois meses. Um país com essa taxa ,de hoje, alta, não consegue se organizar. A inflação é irmã da corrupção”. Água Pimenta da Veiga chamou de “dádiva dos céus” o fato de Minas ter as principais bacias hidrográficas que abastecem a região Sudeste e se comprometeu a repensar o que poderá ser feito diante do baixo nível dos rios no Estado, sem porém detalhar o que será feito, se for eleito. “Abastecemos o Sudeste. A água é um bem estratégico e daqui em diante temos que pensar como vamos usar essas águas”, falou o tucano. Desenvolvimento e Fazenda Questionado durante a sabatina na CDL-BH sobre como enfrentaria as pressões das secretarias de Desenvolvimento Econômico e da Fazenda para investir na infraestrutura sem deixar de lado as demandas sociais, o candidato Pimenta da Veiga (PSDB) disse que “ouviria ambos para depois desempatar”. “Por melhor que fosse a minha intenção, eu não vou falar o que deve ser feito sem antes ouvir meus secretários, se eu for eleito. Não diria porque eu poderia atrapalhar ou ficar neutro. Mas quem tem que desempatar a questão é o governador”, disse. Tucano critica governo do PT durante sabatina O candidato ao governo do Estado pelo PSDB, Pimenta da Veiga, foi o primeiro dentre os principais concorrentes ao Palácio Tiradentes a ser sabatinado no MGTV 1ª edição, nessa segunda-feira (15). Nesta terça-feira (16) será a vez de Fernando Pimentel (PT). Os jornalistas começaram a entrevista perguntado a ele sobre a participação de Eduardo Azeredo no mensalão tucano, a citação o PP (partido do seu vice, Dinis Pinheiro) no caso de superfaturamento de contratos na Petrobras, e a investigação da Polícia Federal sobre uma suposta lavagem de dinheiro em pagamento que recebeu de Marcos Valério, condenado por operar o mensalão. Em sua resposta, Pimenta atacou o PT. “A cada dia, o Brasil mais se assombra com o jeito do PT governar. Qualquer questão paralela que exista é muito pequena diante do envolvimento do PT”, afirmou. Em relação a Eduardo Azeredo, Pimenta disse que não se incomoda. “É um processo que está correndo. É um homem que tem probidade. A Justiça vai resolver”, afirmou. Questionado sobre a pouca participação do candidato tucano à Presidência, Aécio Neves, em sua campanha, Pimenta disse que é normal. “A nossa campanha é muito forte. Temos a alegria de mostrar o nosso time. Aécio é candidato à Presidência e não pode fazer campanha só em Minas. A força do nome dele é muito forte. Era bom que ele estivesse aqui todos os dias, mas não é possível”, respondeu. Em relação ao programa Poupança Jovem, que foi instituído em nove dos 853 municípios mineiros, os jornalistas perguntaram porque a abrangência é pequena. “A Educação em Minas foi considerada a melhor do Brasil pelo governo do PT. Esse programa tinha que começar em algum lugar. Vamos levar para todas as regiões de Minas. Nós queremos também levar adiante a escola integral e o ensino profissionalizante”, garantiu. Na área da saúde, o candidato afirmou que irá construir os hospitais regionais.