Pimentel deve pagar o 13º salário integral até R$ 10 mil

04/12/2016 às 14:27.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:56

As negociações com a venda da folha de servidores e multas de repatriação de dinheiro injetaram novos recursos no governo do Estado para permitir a quitação do décimo terceiro salário dos servidores públicos. Ainda assim, o esforço feito não deverá ser suficiente para o pagamento integral. A exemplo do que acontece hoje com o pagamento dos salários, que é feito em até três parcelas para quem ganha mais de R$ 3 mil, o da gratificação natalina priorizará os salários menores.

O que está sendo discutido entre a Secretaria da Fazenda e a do Planejamento é pagar o 13º integralmente até R$ 10 mil. A partir desse valor, só quando houver novos recursos e sem data definida. A definição deve ser pauta da reunião do governador Fernando Pimentel (PT) com seu secretariado nesta segunda-feira (4) e o anúncio aos dirigentes sindicais está previsto para esta semana.

Secretários atuais no time de Kalil

Concentrado na transição, o prefeito eleito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), já definiu a maioria de seu secretariado e longe das pressões políticas. Falta fechar apenas os comandos da BHTrans (empresa pública de tráfego e transporte coletivo) e a Secretaria de Políticas Sociais.

A novidade, até agora, é a continuidade de, pelo menos, dois secretários da atual gestão: Josué Valadão, nome do atual núcleo duro do prefeito Marcio Lacerda (PSB), para a Secretaria de Obras, e Leônidas José de Oliveira, para o comando da Fundação Municipal de Cultura. Falam ainda do aproveitamento dos atuais secretários-adjuntos de Saúde e da Fazenda.

Bombas para Kalil

Apesar da calmaria entre o prefeito Marcio Lacerda e o eleito, Alexandre Kalil, algumas bombas (salariais) começam a ser lançadas e cairão no colo do segundo. Após dissídio coletivo, a prefeitura terá que pagar, por exemplo, reajuste de 8,4%, retroativo a maio de 2015, e, depois, outros 10%, retroativos a maio deste ano, a todos os funcionários da Urbel (Companhia Urbanizadora) e Sudecap (Superintendência de Desenvolvimento da Capital). Além de quitar o acordo trabalhista, Kalil já pensa em transformar as duas empresas em autarquias.

Troca de comando no MP

Depois de 12 anos consecutivos, a chefia do Ministério Público troca de comando nesta segunda-feira (5). Sai o grupo do atual procurador-geral Carlos Mariani-Alceu Torres–Jarbas Soares e entra o grupo rival com a eleição de Antônio Sérgio Tonet (Rômulo Ferraz e Nedens Ulisses).

Contas ameaçam os eleitos

Calcula-se em 30% o índice de prefeitos eleitos que terão dificuldades com a Justiça Eleitoral com a prestação de contas e irregularidades na campanha. A prefeita reeleita de Santa Luzia (Grande BH), Roseli Pimentel, foi cassada por abuso de poder econômico. Parecer preliminar reprovou as contas de Alexandre Kalil em BH, onde o Ministério Público Eleitoral pensa em entrar com ação de cassação. Se não o fizer, o PSDB, que perdeu a eleição, estuda adotar a medida.

Bombeiro Antônio Júlio

Surge o nome do prefeito não reeleito de Pará de Minas (Oeste), Antônio Júlio (PMDB), para fazer a ponte entre o PMDB de Adalclever Lopes (presidente da Assembleia Legislativa) e o de Antônio Andrade (vice-governador e presidente estadual do partido). A intenção é evitar que o racha atual comprometa o futuro da legenda.

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