O governador Fernando Pimentel (PT) não deve comparecer à primeira reunião de transição, marcada para hoje, com a presença do governador eleito Romeu Zema (Novo).
Existia a expectativa de que ambos pudessem se encontrar para discutir a situação do Estado e abrir os trabalhos da transição, cada qual com sua respectiva equipe. Porém, o petista teria desistido de ir à agenda.
Mas, até a tarde de ontem, Zema estava disposto a comparecer.
Representará o governador Pimentel os secretários Helvécio Magalhães (Planejamento) e Marco Antônio Rezende (Casa Civil).
Anteontem, Magalhães disse que não haverá surpresas na apresentação da situação do Estado, pois o governo “não tem nada a esconder”.
Ainda informou que a maior parte dos dados, com exceção daqueles muito técnicos, estão disponíveis no Portal da Transparência.
Mineiro na Saúde
O presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), o mineiro Lincoln Lopes Ferreira, é um dos nomes ventilados em Brasília para ocupar o Ministério da Saúde na gestão do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
Lincoln e Bolsonaro compartilham de ideias semelhantes como a criação de uma carreira de Estado para a profissão.
Bolsonaro colocou, inclusive, no plano de governo, várias das propostas defendidas por associações de classe como a AMB.
Lincoln negou que tenha sido convidado. “Isso não existe. Não tem convite, não tem nada disso”, respondeu.
Outro mineiro que pode entrar na Esplanada dos Ministérios é o deputado federal Leonardo Quintão. Conforme informei ontem, ele já integra a equipe de transição de Bolsonaro.
Contra o aumento
O Partido Novo lançou um abaixo-assinado online contra o aumento salarial para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovado no Senado.
A campanha, encabeçada pelas redes, por meio das hashtags #AumentoNão e #VetaTemer, foi assinada por mais de 1 milhão de pessoas em menos de 24h.
Como resultado, o partido convocou uma manifestação para domingo, às 10h, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
O aumento será escalonado. Diversas instituições utilizam o salário do STF como base do reajuste de seus integrantes, como Tribunal de Justiça de Minas e Assembleia Legislativa.
O impacto é bilionário e atinge todos os estados. A consultoria do Senado estimou em R$ 6 bilhões o impacto para os estados brasileiros.
Com o reajuste de 16,38%, os salários dos ministros do Supremo passam de R$ 33 mil para R$ 39,2 mil mensais. A conta será paga pelo novo governo, de Jair Bolsonaro, se o presidente Michel Temer sancionar a proposta.