Pimentel quer proximidade com Brasília e vê ‘tragédia’ com Alckmin ou Bolsonaro eleitos

Lucas Borges
lborges@hojeemdia.com.br
27/08/2018 às 13:40.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:08
 (Lucas Borges / Hoje em Dia)

(Lucas Borges / Hoje em Dia)

Em meio ao delicado momento econômico que Minas Gerais atravessa, o governador Fernando Pimentel (PT) afirmou que a proximidade com o governo federal é o principal caminho para restabelecer a saúde financeira do Estado.

Para tal, Pimentel entende que é necessário que a presidência seja ocupada por, segundo ele, um candidato do campo democrático popular, classificando como “tragédia” a possibilidade de nomes como o do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) e do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) ocuparem o cargo de chefe do executivo.

“Nós precisamos que Brasília tenha um governo do campo democrático popular, não só Minas, mas o Brasil. Se acontecer a tragédia de ser eleito um presidente com o perfil desses aí (Bolsonaro ou Alckmin), o Brasil caminha pro abismo”, afirmou Pimentel, durante conversa com a imprensa, nesta segunda-feira (27).

Candidato à reeleição, o petista criticou duramente a gestão do presidente Michel Temer (MDB), mas disse acreditar em um cenário diferente nos próximos quatro anos, caso haja um maior diálogo com o próximo presidente da República.

“Evidentemente a situação financeira do Estado não é boa, mas vai melhorar. Vai melhorar com as reformas estruturais que temos que fazer, mas não com esse governo horroroso que está em Brasília. É preciso fazer uma mudança que vai ser feita agora em outubro pelo povo, eleger um candidato de um campo democrático popular. O meu candidato é o Lula, que tenho certeza que vai ser eleito, e nós vamos governar nos próximos quatro anos com outro clima, outro apoio de Brasília, que hoje nós não temos”, completou.

Campanha tímida

Em relação à curta agenda eleitoral até o momento, em que participou de poucos eventos para a promoção da campanha, Pimentel destacou que os compromissos como governador impedem que ele se dedique integralmente às eleições.

“Eu sou governador do Estado, não tenho todo o tempo disponível para a campanha. Muitas vezes sou chamado para situações de emergência que eu tenho que resolver. Eu continuo governador e isso talvez nos traga algum prejuízo ao longo da campanha do ponto de vista do tempo, de marcação de agenda. Os outros candidatos estão mais disponíveis, têm todo o tempo que quiserem para fazer campanha, eu não tenho. Minha prioridade é governar Minas Gerais, cuidar do Estado, dos problemas do Estado, cuidar das pessoas. Vamos continuar assim, fazendo a campanha sempre que possível, sem prejudicar a principal tarefa nossa que é governar o Estado”.

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