Doenças Respiratórias

Pior momento para crianças está passando, mas internação de adultos preocupa, diz secretário de BH

Danilo Borges participou do lançamento da vacinação de crianças nas escolas municipais da capital

Do HOJE EM DIA
portal@hojeemdia.com.br
27/05/2025 às 11:55.
Atualizado em 27/05/2025 às 12:09
 (Valéria Marques/Hoje em Dia)

(Valéria Marques/Hoje em Dia)

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) deu início nesta terça-feira (27) a vacinação contra a gripe diretamente nas escolas municipais de Educação Infantil (EMEIs). A ação, que passará por 145 unidades, pretende ampliar a cobertura vacinal entre crianças de 6 meses a menores de 6 anos, um público que ainda está longe da meta estipulada pelo Ministério da Saúde.

Acompanhando a vacinação na EMEI Grajaú, na Regional Oeste, o secretário municipal de Saúde, Danilo Borges, destacou a importância da iniciativa. "Nesta escola, das cem crianças, metade ainda não se vacinou", exemplificou Borges, ressaltando a necessidade de estratégias como essa para alcançar o público infantil. Atualmente, a taxa de vacinação para essa faixa etária na capital mineira é de apenas 31%, bem abaixo dos 90% preconizados.

Quase um mês após a PBH decretar situação de emergência em saúde pública devido ao aumento de atendimentos por síndromes respiratórias graves, as internações continuam sendo motivo de preocupação. Conforme Borges, o "pior momento" para o público infantil parece estar superado, embora os casos envolvendo adultos ainda sejam elevados.

 (Valéria Marques/Hoje em Dia)

(Valéria Marques/Hoje em Dia)

 Borges lembrou que, em abril, a capital registrou 63.217 atendimentos por síndromes respiratórias, um aumento de quase 49% em relação a março. Ele alertou que, com a proximidade do inverno e a intensificação do frio, a tendência é que os casos se mantenham em patamares elevados até, pelo menos, a primeira quinzena de julho.

O decreto de emergência, segundo o secretário, permite que a administração municipal agilize a contratação de profissionais e a ampliação de serviços de saúde. Apesar do cenário, Borges garantiu que a situação está sob controle, mas reforçou que "não é momento de baixar a guarda e de deixar de lado nenhuma das estratégias, seja a vacinação, seja o reforço das equipes nas nossas unidades de saúde".

Vacinação ampliada 

Além da vacina contra a gripe, as crianças nas escolas também poderão receber doses de outros imunizantes, como poliomielite, sarampo, rubéola, caxumba, varicela, febre amarela, meningite e covid-19, conforme a situação vacinal de cada uma. Os profissionais das instituições de ensino que ainda não foram imunizados também terão a oportunidade de receber as doses.

Para a vacinação infantil, é obrigatória a autorização dos pais, mães ou responsáveis legais, mediante a assinatura de um termo distribuído previamente. O secretário informou que a prefeitura tem enviado cartas com informações e orientações gerais para os pais, visando demonstrar a segurança e a necessidade dos imunizantes.

"A gente ainda está vendo na cidade de Belo Horizonte muitas internações, de idosos, de crianças, e, às vezes, óbitos. Isso tudo é prevenível com a vacinação", afirmou Borges, enfatizando a importância do convencimento daqueles que ainda demonstram resistência à imunização.

O secretário ainda lembrou que administração municipal também tem disponibilizado a vacinação contra a gripe em postos extras pela cidade, como shoppings, parques e estações de metrô, buscando atingir um público ainda maior, que a capital possui doses suficientes para toda a população, e que o Ministério da Saúde não hesitaria em enviar remessas extras caso necessário.

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