(Ana Júlia Goulart)
Em até duas semanas, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) deve enviar ao governo federal um plano de ações e obras de recuperação das áreas atingidas pela chuva na cidade. O documento, que vai detalhar os problemas e os custos de cada intervenção, está sendo elaborado pela Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura.
Só após esse levantamento será possível receber os recursos da União, que ontem reconheceu a situação de emergência decretada pelo poder executivo na última segunda-feira. O ministro da Integração Nacional Helder Barbalho esteve na capital para ver de perto alguns dos estragos causados pelos temporais.
“Estamos unindo esforços para que o município se restabeleça o mais rápido possível. Agilizamos a inserção de BH na lista de emergência justamente para que tudo seja resolvido o quanto antes”, afirmou Helder Barbalho. Ele disse que recursos estão garantidos para ações de reconstrução. No entanto, não informou quanto será empenhado.
Risco
Um dos pontos visitados foi a Vila São Bento, próximo ao Morro do Papagaio, Centro-Sul de Belo Horizonte. Na comunidade, moradores foram notificados pela Justiça a deixar as residências. O abatimento de pista em um trecho da BR-356 pode provocar o desabamento de um muro de contenção, atingindo as moradias. Trinta e quatro famílias foram comunicadas, mas, até o fechamento desta edição, três permaneciam no local. A expectativa é a de que as pessoas saiam hoje.
“Tudo que está dentro da área da cidade de Belo Horizonte é responsabilidade da prefeitura. Sempre disse isso e é por isso que estamos aqui. As famílias estão recebendo e receberão tudo que precisarem para irem a uma área segura”, reforçou o prefeito de BH, Alexandre Kalil.
Chuvarada
Na tarde de ontem, voltou a chover forte na metrópole. As regiões Nordeste e Venda Nova foram as mais atingidas. Algumas vias ficaram tomadas pela água, como a avenida Cristiano Machado. O Corpo de Bombeiros enviou uma viatura até o local.
Na rodovia MG-020, também na metrópole, o trânsito chegou a ser interrompido devido a alagamentos. Duas instituições de ensino da região metropolitana ficaram inundadas. A Escola Municipal Zelita Francisca da Silva, em Ribeirão das Neves, e a Umei Antônio Gomes Damião, em Santa Luzia. Ninguém se feriu.