A Polícia Militar reforçou o policiamento móvel nas vias que dão acesso ao Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, interior de São Paulo, para coibir ações criminosas na área aeroportuária, após o maior roubo da história do terminal, nesta terça-feira (23), quando cinco homens invadiram um depósito de cargas da TAM e roubaram um carregamento de iPhones e iPads, da Apple, avaliado em R$ 3,9 milhões.
"A Polícia Militar ela já atua hoje em apoio à Polícia Federal realizando patrulhamento a pé dentro do interior do aeroporto de Viracopos. A polícia vai intensificar também o policiamento motorizado na região de Viracopos, de preferência nas vias que dão acesso ao aeroporto", afirmou o tenente Júlio Cesar Tirabassi, comandante interino da 1ª Companhia da PM, do 47º Batalhão, responsável pela área.
Na ação que durou aproximadamente uma hora e meia, cinco homens encapuzados armados com metralhadoras e pistolas invadiram o depósito da TAM Cargo, renderam pelo menos oito funcionários e levaram 12 caixotes carregados de produtos eletrônicos. Na fuga, os criminosos levaram todo o sistema de monitoramento de câmeras do galpão. A carga havia desembarcado em Viracopos às 22h de segunda-feira (22). O roubo ocorreu durante a madrugada de terça-feira.
O comandante da PM se reuniu nesta quarta-feira (24) com o gerente de segurança da empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) em Viracopos, Samuel Silva, para discutir mudanças no plano de segurança do terminal e para a região, que devem ser levadas para a Comissão de Segurança Aeroportuária (CSA).
A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo aponta que, entre os meses de janeiro e agosto deste ano, os roubos e furtos em Viracopos aumentaram 45%, passando de 235 para 341 ocorrências.
Para a PM, com o crescimento previsto de Viracopos para os próximos anos, que vai saltar de um movimento de 7 milhões de passageiros por ano para 14 milhões até 2014, é preciso que os agentes envolvidos comecem a discutir mudanças no plano de segurança desde já.
Fazem parte desse grupo a Infraero e as polícias Federal, Civil e Militar. As empresas aéreas e de segurança privada que atuam no aeroporto também tem participação nessa comissão.
A Secretaria de Aviação Civil (SAC) ressaltou nesta quarta-feira que a segurança do local onde ocorreu o roubo não é de responsabilidade da Infraero, uma vez que não está situado dentro da área restrita do Aeroporto de Viracopos. Disse, também, que o aeroporto possui delegacia da Polícia Civil, delegacia da Polícia Federal e um posto da PM.
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