Pnad mostra retrato um pouco mais bonito do Brasil

22/09/2012 às 06:24.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:29

Está um pouco mais bonito o retrato do país revelado pelas lentes da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad), do IBGE. O rendimento médio do trabalhador brasileiro foi de R$ 1.345, no ano passado. Comparado com o de 2009, houve aumento de 8,29%. A taxa de desemprego caiu de 8,2% em 2009 para 6,9% em 2011. Aumentou em 1 milhão o contingente de trabalhadores, elevando seu número para 92,5 milhões.

Outro dado positivo é o aumento de empregos com carteira assinada, que cresceu 11,8% em dois anos. No mesmo período, diminuiu em 10,3% o número de pessoas que estão no mercado sem essa proteção legal. Em 2011, trabalhavam com carteira assinada no setor privado 33,9 milhões de pessoas, ou 3,6 milhões a mais do que em 2009.

O que continua enfeando nosso retrato é a má distribuição de renda, que variou pouco entre as duas pesquisas. O Índice de Gini, que mede a distribuição da riqueza produzida no país, ficou em 0,501 ponto. Quanto mais esse índice se aproxima de zero, melhor a distribuição. Em relação a 2009, ele baixou apenas 0,017 ponto.

O Brasil está ainda muito desigual, quando se considera a distribuição da renda por regiões. No Nordeste, a renda média por trabalhador em 2011 foi de R$ 910, embora tenha sido a região em que a renda mais cresceu desde 2009, com alta de 10,7%. O Nordeste tem o pior Índice de Gini do país: 0,522. A maior renda média, de R$ 1.645, se encontra no Centro-Oeste, mas esta região só ganha do Nordeste na distribuição de renda. Seu Índice de Gini é de 0,520. A segunda maior renda média, de R$ 1.522, está no Sudeste, que tem a melhor distribuição de renda do país, com Índice de Gini de 0,480.

Do total de domicílios brasileiros, 75% são próprios, mas 4,7% deles, ou 2,9 milhões de moradias, ainda estão em fase de quitação. Em comparação com 2009, houve acréscimo de 1,3% no número de casas próprias. O número de imóveis alugados representa 17,3% do total, ou 10,6 milhões de residências alugadas. Há espaço para programas de casa própria.

Os brasileiros estão mais letrados. A taxa de analfabetismo caiu de 9,7% em 2009 para 8,6% em 2011. Mas aí também existem diferenças entre regiões.
Ela é de 16,9% no Nordeste, onde vivem 52,7% dos 6,8 milhões de analfabetos brasileiros. No Sudeste, a taxa é de apenas 4,8%. A escolaridade média do brasileiro é de 7,3 anos de estudo. A boa notícia é de que 98,2% da população na faixa de 6 a 14 anos de idade estão matriculados em escolas.

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