(Flávio Tavares)
Depois do boom dos temakerias japonesas, dos cones italianos e das paletas mexicanas, o sucesso da temporada Primavera/Verão 2018 é o poke havaiano, já apelidado de temaki de tigela pelos amantes da culinária oriental. Em menos de dois anos, BH ganhou pelo menos seis lojas especializadas na iguaria, criada por pescadores e que conquistou o mundo graças a surfistas que viram no prato um alimento saudável, saboroso e prático. Os preços variam de R$ 22 a R$ 50.
À base de cubos de peixe e arroz japonês, a receita original ganhou novos ingredientes no país. A lista de peixes inclui salmão e atum, acompanhados de legumes, salada de folhas verdes, alga nori, frutas frescas ou grelhadas, castanhas, gergelim, molhos especiais e gergelim, bem como itens da culinária japonesa tradicional como o sunomono (conserva de pepino) e o broto de bambu.
Pioneira na capital, a pokeria Samba Fresh foi inaugurada em janeiro do ano passado, no bairro Lourdes, região Centro-Sul de BH, com capacidade para 25 pessoas. O empresário Daniel Fernandes Nunes, um dos três sócios do empreendimento, conta que a primeira unidade se pagou no primeiro ano de funcionamento da loja.
“Em janeiro de 2018, abrimos nossa segunda loja, na Savassi, com capacidade para 50 pessoas. Desde agosto, quando a temperatura começou a subir, as vendas têm aumentado 10% ao mês. Nossa expectativa é de um incremento de 10% a 20% em 2018”, projeta.
Um dos pratos mais pedidos é o Poke Samba, que custa a partir de R$ 35, com uma receita que inclui arroz, salmão em cubos, cebolinha, cebola roxa, gengibre, molho tradicional, alga nori e sunomono, entre outros ingredientes.
Para manter o negócio sustentável, a segunda loja oferece pratos da culinária da Ásia Tropical, originários da China, Japão, Tailândia, Vietnã, Indonésia, Laos e Camboja. “Nossa proposta é estar um passo à frente nas novidades”, adianta.
A Poke Sim abriu as portas em janeiro, na Savassi. Com investimento de R$ 200 mil, a empresa tem movimento certo na hora do almoço e na happy hour, segundo a sócia Gabriela Harue.
Com estrutura enxuta e um serviço de delivery bem estruturado, por meio de aplicativo próprio, a empresa oferece aos clientes cinco receitas “da casa” e a possibilidade de montar outras, inéditas. “Nossa expectativa é crescer 50% ao final do primeiro ano de atividade”, afirma.
Como o prato é feito ao gosto do cliente, a empresa oferece dois tamanhos de porções, por R$ 30 e R$ 42. A pessoa escolhe os ingredientes e pode solicitar acréscimos.
Versátil
Seja como carro-chefe ou complemento de menu, o poke havaiano tem sido uma opção para quem quer atrair o cliente pela novidade.
Há cerca de um ano, o contabilista Pedro Lacerda Merlo abriu a Aloha Poke, no Santa Amélia, na Pampulha. Mas, além da novidade do momento, a casa também serve sushi burrito, saladas e sanduíches naturais.
O investimento de R$ 80 mil foi recuperado até setembro deste ano. O empresário já avalia também a possibilidade de abrir lojas em bairros vizinhos, hoje atendidos pelo delivery. “A entrega corresponde a 54% do faturamento mensal”, afirma Pedro Lacerda, que prevê crescimento de 30% em 2018.
Pelo site, o Aloha Poke pode sair por R$ 22 ou R$ 32, dependendo do tamanho da porção. A receita inclui arroz, proteína, alface americano, creme cheese, teriyaki, molho Aloha, cebolinha, gergelim, flocos de arroz e castanha de caju.
Há um ano, o Bar do Convés, dentro do Guaja, incluiu no cardápio quatro receitas de poke havaiano para o almoço. Segundo o chef Pedro Mendes, a novidade aumentou bastante o volume de clientes. “Tem pessoas que procuram por alimentos mais saudáveis ou que não estão dispostas a encarar um hambúrger todos os dias”, diz. A Guaja fica no Funcionários.