Para tentar um emprego

Polícia abre investigação contra Elize Matsunaga por uso de documentos falsos

Cássia André
csilva@hojeemdia.com.br
Publicado em 28/02/2023 às 17:55.
Elize Matsunaga (Reprodução/redes sociais)

Elize Matsunaga (Reprodução/redes sociais)

Condenada por matar e esquartejar o marido, Elize Matsunaga voltou a ser notícia em um curto intervalo de dias. Após a divulgação que estaria trabalhando como motorista de aplicativo, ela está sendo investigada por uso de documentos falsos.

De acordo com a Polícia Civil de Sorocaba, no interior de São Paulo, Elize teria participado, ano passado, do processo de contratação em uma construtora na cidade paulista. Entretanto, ao apresentar atestado de antecedentes criminais, teria usado de outro funcionário. E os demais documentos apresentou o nome de solteira - .Elize Araújo Giacomini.

Uma operação foi realizada na segunda-feira (27), após denúncia anônima, na residência de Elize, em Franca, onde mora e trabalha como motorista de aplicativo.

De acordo com a secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, na operação foram apreendidos um notebook e o celular de Elize.

Ela foi ouvida no local na companhia de seu advogado e negou que teria apresentado os documentos falsos à empresa.

Relembre o caso

Elize Matsunaga foi condenada, em 2016,  a 19 anos, 11 meses e 1 dia de prisão por matar o marido Marcos Matsunaga, dono da Yoki.

O caso Yoki, como é conhecido o crime, foi um dos mais falados na história do Brasil. O assassinato aconteceu em 2012, e mesmo Eliza confessando o crime assim que o corpo do marido foi identificado, o julgamento só aconteceu em 2016.

A defesa de Elize sempre alegou que o crime aconteceu devido a casos de infidelidade do empresário. Os dois possuíam licença para porte de armas e estavam enquadrados na categoria CAC (Colecionadores, Atiradores e Caçadores) do Exército Brasileiro. A arma usada por Elize foi uma pistola .380, e seria um presente do marido.

Ela contou que agiu sozinha e acredita veemente que Marcos a traía. Inclusive, ela chegou a obrigar o marido a demitir uma empregada por ciúmes.

O casal se conheceu em um site de prostituição e chegaram a engatar um relacionamento, apesar de Marcos ainda estar casado com a primeira esposa. Para os amigos, os dois tinham uma relação amigável, mas, segundo Eliza, dentro de casa a relação era bem conturbada e repleta de crises de ciúmes.

Eliza revelou ter atirado no marido e o deixou morto por quatro horas, antes de esquartejá-lo. Em seguida, distribuiu os restos mortais de Marcos em malas de viagens e colocou-as num carro, com pretensão de voltar para o Paraná, seu estado natal, mas acabou sendo parada pela PRF e voltou para São Paulo. Ela então resolveu despejar as malas em Cotia, São Paulo, onde acabaram sendo encontradas pela polícia.

Hoje, Elize cumpre pena em liberdade condicional e sonha com o dia em que vai poder explicar para a filha os “verdadeiros” motivos que a levaram a cometer o crime.

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