Polícia egípcia usa gás lacrimogêneo em Alexandria e Suez

Folhapress
25/10/2013 às 18:32.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:39
 (Alaa Al-Sounuti)

(Alaa Al-Sounuti)

SÃO PAULO - A polícia egípcia usou gás lacrimogêneo nesta sexta-feira (24) para dispersar manifestações de partidários do presidente deposto Mohamed Mursi na segunda maior cidade do Egito, Alexandria, e também em Suez.    Desde que o Exército depôs Mursi, em 3 de julho, após manifestações de massa contra o governo, partidários do líder islâmico têm promovido frequentes protestos em cidades por todo o Egito, em grande parte depois das orações desta sexta-feira.    Em Suez, a polícia lançou gás lacrimogêneo para dispersar quatro mil manifestantes pró-Mursi, disse uma testemunha local. Em Alexandria, cerca de mil partidários de Mursi e da Irmandade Muçulmana, instituição à qual ele pertence, bloquearam a principal estrada ao longo da costa do Mediterrâneo, e gritaram slogans contra o Exército e a polícia, segundo relatos de fontes locais.   Moradores e motoristas atiraram pedras contra os manifestantes para tentar forçá-los a liberar o tráfego, o que acabou provocando confrontos. A polícia respondeu com gás lacrimogêneo para dispersas a multidão. Duas pessoas foram presas.    Houve também confrontos entre moradores e manifestantes pró-Mursi na área de Wardeyan, a oeste de Alexandria, até a chegada da polícia, que dispersou a multidão, de acordo com testemunhas.    Segundo a agência estatal "Mena", as autoridades registraram confrontos "limitados" entre manifestantes e moradores da zona de Al Umraniya, situado no distrito de Giza, onde ambas as partes lançavam pedras e, inclusive, disparos foram escutados.    No bairro de Maadi, ao sul da capital, as forças de segurança intensificaram seu desdobramento nos arredores do Tribunal Constitucional e do hospital militar, onde o ex-presidente Hosni Mubarak se encontra sob prisão domiciliar, apontou a agência estatal.    Desde julho as forças de segurança e o governo apoiado pelos militares vêm desencadeando uma ferrenha repressão à Irmandade, principal movimento político do Egito, tendo matado centenas de pessoas, prendido a maioria de seus líderes e acusado muitos deles de fomentar a violência ou o terrorismo.    A Coalizão Nacional de Defesa da Legitimidade, que inclui a Irmandade Muçulmana e outros grupos opositores, convocou novos protestos a partir de hoje sob o lema "A resistência de Suez é nosso caminho a Jerusalém".

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