(Divulgação/Polícia Civil)
Já está nas mãos do Ministério Público Federal o terceiro inquérito policial sobre o rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais. O documento foi entregue pela Polícia Civil ao MPF na tarde desta sexta-feira (28).
Foram indiciados o presidente da Samarco na época do desastre, Ricardo Vescovi de Aragão, além de outros seis ex-dirigentes, Kleber Luiz Mendonça Terra, Wagner Milagres Alves, Wanderson Silvério Silva, Germano Silva Lopes, Samuel Santana Paes Loures e Daviely Rodrigues da Silva. As mesmas pessoas indiciadas no primeiro inquérito. Eles vão responder por lesão corporal grave e se condenados, a pena é de 1 a 5 anos de prisão.
O presidente do inquérito, Rodrigo Bustamante, explicou que, durante as investigações, foram ouvidas dez pessoas, entre testemunhas, um médico e vítimas. A intenção foi verificar se houve vinculação entre sequelas e lesões. Por isso, além dos depoimentos, foram realizados exames de corpo de delito indireto, com base em laudos e relatórios médicos do atendimento prestado na época e também por exame complementar realizado pela equipe do Posto de Medicinal Legal.
Outros dois inquéritos foram instaurados. Um no dia 6 de novembro de 2015 para apurar os fatos e circunstâncias que deram causa ao rompimento da barragem, homicídios, delitos de perigo comum e contra a saúde pública. Sete pessoas foram indiciadas pelos crimes de homicídio qualificado, inundação e corrupção ou poluição de água potável. O inquérito foi enviado à Justiça no dia 23 de fevereiro deste ano. Já o segundo procedimento foi instaurado pela Polícia Civil no dia 22 de fevereiro para apurar crimes ambientais e licenciamentos da Barragem de Fundão. Ambos estão com o MPF.
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