Atos golpistas

Polícia ouve depoimento de duas mulheres suspeitas de agredir repórter do Hoje em Dia

Hermano Chiodi
hcfreitas@hojeemdia.com.br
16/02/2023 às 18:58.
Atualizado em 16/02/2023 às 19:07
 (Hoje em Dia)

(Hoje em Dia)

Nesta quinta-feira (16), a Polícia Civil de Minas Gerais ouviu o depoimento de duas mulheres suspeitas de participarem das agressões a um fotógrafo do Jornal Hoje em Dia, em 5 de janeiro.

Os atos de covardia foram cometidos contra o profissional enquanto ele registrava imagens do acampamento golpista montado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na Avenida Raja Gabaglia, em frente ao quartel do Exército.

Durante os depoimentos, as duas mulheres admitiram ter frequentado o acampamento golpista, mas disseram que não estavam no local no dia dos ataques.

Uma das suspeitas, que já foi alvo de um mandado de busca e apreensão durante o processo de investigação, passou da condição de investigada para testemunha. Ela apresentou um álibi e, segundo a polícia, está auxiliando no trabalho de identificação de outros suspeitos que teriam participado efetivamente dos atos golpistas.

De acordo com a delegada Fernanda Fiúza, que coordena as investigações, o principal objetivo da polícia é identificar o máximo de envolvidos. E atribuir as responsabilidades de cada um nos atos de violência praticados por participantes do acampamento contra jornalistas que cobriam a manifestação.

“Elas negaram a participação; nós fizemos busca de documentos e o próximo passo é a identificação de todos”, destacou.

A polícia não confirmou a identidade das duas mulheres para não comprometer a investigação sobre outros suspeitos.

Aparências

As duas mulheres ouvidas nesta quinta-feira são pessoas idosas, moradoras de Belo Horizonte, cuja aparência pacata não lembra em nada os xingamentos e rostos furiosos que cercaram o fotógrafo do Hoje em Dia enquanto ele era espancado e tinha seu material de trabalho - lentes e câmeras - furtado ou destruído pelos criminosos.

De acordo com a polícia, as duas investigadas se apresentaram à polícia sem a necessidade de nenhum tipo de ação coercitiva.

Na quarta-feira(15), os investigadores cumpriram diversos mandados de busca e apreensão e tentaram prender um dos denunciados, Esdras Jônatas dos Santos, que fugiu do país e segue como foragido. A reportagem do Hoje em Dia não conseguiu contato com ele.

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