Polícia pede prisão preventiva de 12 envolvidos na máfia dos ingressos

Gazeta Press
09/07/2014 às 21:16.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:19
 (OSVALDO PRADDO/AGÊNCIA O DIA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO)

(OSVALDO PRADDO/AGÊNCIA O DIA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO)

Nesta quarta-feira (9), o delegado Fábio Barucke, titular da 18ª Delegacia de Polícia, indiciou e pediu a prisão preventiva de doze envolvidos no esquema denominado "máfia dos ingressos", que comercializou de maneira ilegal as entradas para partidas da Copa do Mundo. No rol exposto, estão presentes o CEO da empresa Match, Ray Whelan, além do franco-argelino Lamine Fofana.

O inquérito foi entregue ao Ministério Público do Rio de Janeiro e ficará aos cuidados do promotor Marcos Kac. Entretanto, dois indiciados por Barucke estão soltos: Ray Whelan e Marcelo Pavão foram beneficiados com habeas corpus - mediante pagamento de fiança - e receberam ordem de soltura da desembargadora Marília de Castro Neves Vieira.

Para dar prosseguimento ao processo, uma equipe de policiais está pronta para cumprir o mandato de prisão. Whelan foi indiciado por associação criminosa e pelo artigo 41-G do Estatuto do Torcedor, que discorre sobre a prática do cambismo (fornecer, desviar ou facilitar a distribuição de ingressos para venda por preço superior ao estampado no bilhete). Os demais indiciados, além do mesmo caso, foram assinalados por associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Whelan foi flagrado em interceptações telefônicas, autorizadas pela justiça, negociando o preço de "pacotes" de ingressos com Fofana. Entretanto, o franco-argelino acabou preso na semana passada, na operação denominada Jules Rimet, junto com dez suspeitos. Porém, a Match, em nota oficial, assegurou que o inglês segue trabalhando no Mundial, operando no setor de acomodação.

Para a empresa, não existe indícios suficientes para provar a atuação de Whelan como cambista. A agência sintetiza que os ingressos pedidos por Fofana foram fornecidos "pelo valor que, de fato, custa no site". Porém, Barucke, em entrevista ao portal Estadão, confirmou que o inglês tinha ciência que negociava com o maior cambista em atividade no Rio de Janeiro.

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