(Polícia Civil)
A Polícia Civil procura por Gerson Geraldo Cezário, suspeito de participar do assassinato do vereador de Funilândia Hamilton Dias de Moura, em julho deste ano. Ele foi o único não encontrado durante uma operação que prendeu suspeitos do crime, nesta quinta-feira (15). Onze pessoas foram presas, dentre elas, o vereador de Belo Horizonte Ronaldo Batista.
Gerson Cezário é presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários de Passageiros Urbanos Intermunicipais, Interestaduais, Fretamento e Turismo de Contagem e Esmeraldas (Sintetcon) e dirigente da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Minas Gerais (FETTROMINAS).Polícia Civil / N/A
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De acordo com a Polícia Civil, Ronaldo e Gerson teriam arquitetado o crime por conta de uma briga política com a vítima na área de transportes. Batista foi presidente do Sindicato dos Motoristas e Empregados em Empresas de Transportes de Cargas de BH e Região (STTRBH).
As divergências teriam se iniciado em 2010, ficando mais acirradas ao longo dos anos. A situação teria piorado ainda mais após Hamilton de Moura criar um novo sindicato. “Isso levou a um enfraquecimento no outro sindicato. Não só enfraquecimento político, mas também de receitas, impactando o poder econômico e político do sindicato do vereador (de BH)”, explicou o delegado.
Além disso, a vítima teria levado informações para o Ministério Público do Trabalho e para a polícia de possíveis irregularidades no STTRBH. De acordo com a Polícia Civil, Hamilton teria levado cem caixas com documentos para os promotores.
A partir dessa investigação sobre o mau uso dos recursos do sindicato, a Justiça determinou o bloqueio de mais de meio milhão dos bens de Ronaldo Batista em 9 de julho - esse teria sido o principal motivo para o homicídio. A polícia acredita que, três dias depois, o plano teria sido iniciado.
Presos
Na quinta, a corporação cumpriu 11 mandados de prisão preventiva contra pessoas que tiveram algum envolvimento no homicídio, ocorrido em julho - dentre esses suspeitos, o parlamentar da capital. Também estão nesse grupo dois homens que já estavam presos pelo crime: um policial militar da ativa e um ex-policial penal – nesses casos, as prisões temporárias foram transformadas em preventivas. O ex-policial penal é apontado pela polícia como autor dos disparos.
O irmão de Gerson também foi preso, por suspeita de participação no planejamento do crime. Ele seria o elo de ligação entre os executores do crime e os líderes sindicais. A reportagem entrou em contato com a defesa de Ronaldo Batista e com as entidades sindicais e aguarda retorno.