A Turquia indiciará mais 18 pessoas pelos recentes protestos contra o governo, com suspeita de participação em grupos terroristas, disseram advogados e imprensa nesta quinta-feira.
Os 18 estão entre os 90 membros de um pequeno grupo de esquerda Partido Socialista dos Oprimidos (ESP), que foram presos durante os protestos que apresentaram o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan.
Eles são acusados de participar de "uma organização terrorista" e de "prejudicar as propriedades públicas" e podem pegar vários anos de prisão se forem condenados, informou a NTV.
O grupo é um dos vários que tem participado ativamente dos protestos antigovernamentais e seus membros foram detidos em uma operação da polícia na terça-feira. Até o momento, 24 pessoas serão processadas por participar dos protestos. Observadores indicam que esse número ainda pode subir.
A Turquia adotou uma postura contrária aos manifestantes que tem protestado desde 31 de maio contra o governo de Erdogan, que é visto como cada vez mais autoritário e conservador.
A polícia usou gás lacrimogêneo, canhões de água e balas de borracha para acabar com os protestos, deixando milhares de feridos e quatro mortos.
Protestos em Istambul evoluíram para manifestações passivas e workshops políticos, mas centenas continuam a colidir esporadicamente com a polícia em outras cidades, inclusive na capital Ancara. Fonte: Dow Jones Newswires
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