Polícia vai apurar se cardiologista preso com 6 armas manteve família em cárcere privado

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
28/09/2018 às 10:00.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:41
 (TV Globo/Reprodução)

(TV Globo/Reprodução)

A polícia vai investigar se um médico cardiologista de 30 anos manteve a mãe, a esposa e a filha, de apenas 9 meses, em cárcere privado. Na residência onde a família estava, os policiais militares apreenderam seis armas. O caso aconteceu na madrugada desta sexta-feira (28) na rua Paracatu, no Barro Preto, região Centro-Sul de Belo Horizonte.

A Polícia Militar informou que foi acionada por moradores da região que estavam ouvindo gritos de socorro e barulhos semelhantes a tiros vindos da residência da família. No local, os militares constaram que o suspeito estava armado e, por isso, entraram no imóvel. Após negociação com os policiais, o suspeito se rendeu. Ninguém se feriu na ocorrência.

Vício

A mãe do médico contou à PM que o filho é dependente químico e que, no fim da noite de quinta-feira (27), os familiares optaram por interná-lo em uma clínica de reabilitação. Quando os funcionários da unidade de saúde chegaram ao local para levá-lo, o médico teria se descontrolado e até agredido um dos funcionários.

O cardiologista alegou que pensou tratar-se de um assalto, pois não sabia da decisão dos parentes de interná-lo na clínica. Por isso, ele disse que ficou exaltado, foi até um dos cômodos da casa e pegou uma arma para se defender. 

A PM não soube informar se além dos familiares, os funcionários da unidade de saúde também ficaram trancados no imóvel. Os familiares relataram que chegaram a ser ameaçados durante o "ataque" do médico. 

Posse ilegal

Após rastreamento na residência, os militares encontraram seis armas, sendo uma pistola calibre .380, uma garrucha .32, um revólver .38 e outro .32, além de uma espingarda escopeta .12 e uma polveira.

O armamento pertenceria ao pai do cardiologista, que serviu as forças armadas. Contudo, como não havia registro ou documentação que comprovasse a posse, todas as armas foram apreendidas.

O cardiologista foi conduzido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Centro-Sul. Depois de ser consultado, ele foi conduzido para a Central de Flagrantes (Ceflan) 2, onde a ocorrência foi registrada.

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