(Luiz Costa)
A Polícia Civil ouvirá, ainda nesta semana, a auxiliar de cozinha do Café com Letras, vítima de suposto caso de estupro envolvendo um chef de cozinha do estabelecimento. A corporação informou que espera o depoimento da vítima para colher detalhes a respeito do caso.
Ainda não há informações a respeito de quando o suspeito será ouvido pela Polícia Civil. O caso está sendo investigado pela Delegacia da Mulher, do Idoso e da Pessoa com Deficiência.
Relembre
De acordo com o relato na rede social, a jovem teria sido assediada por várias vezes pelo chef e, como era casada e precisava trabalhar, não denunciou o homem."Convites para ir ao motel, propostas de empréstimos em troca de sexo, tapas na nuca (...) e outras frases que eu nem gostaria de repetir aqui como ‘seus peitos vão caber direitinho na minha boca". A jovem se calou, com medo de perder o emprego, renda crucial para sustentar os 4 filhos", publica uma amiga da auxiliar de cozinha.
Ainda de acordo com o texto, o chef teria tentado estuprar a funcionária. Ele a teria levado até o carro, puxado o avental dela, abaixado as calças, pegado a mão dela e levado até seu órgão genital. Mas ela teria conseguido fugir. Após o incidente, a jovem teria adoecido e foi afastada do trabalho pelo psiquiatra. O Boletim de Ocorrência foi registrado algumas semanas depois.
O Café com Letras informou também em publicação no Facebook que todas a medidas necessárias que o caso exige foram tomadas, inclusive o afastamento do chef em questão. "Ao longo dessa longa história é a primeira vez que um funcionário foi acusado de assediar outro. (...) E o que o Café fez? Em primeiro lugar, escutou o relato das pessoas. Em seguida, tomou o curso de ação que julgou mais apropriado. A partir do momento que a direção soube do acontecido, que aconteceu no dia 15 de janeiro, o processo durou cerca de 48 horas. O chefe de cozinha foi formalmente afastado da empresa para que se pudesse averiguar os fatos em profundidade".
Quanto à funcionária, ela foi mantida na empresa e recebeu atendimento médico. "No caso em questão agendamos médicos, acompanhamos ao hospital e prestamos todo o apoio necessário. E, sim, o Café manteve a funcionária em seu quadro por julgar que o melhor caminho a ser tomado era preservar a sua fonte de renda. Se nossa atitude foi incorreta, pedimos desculpas e nos comprometemos a mudar".
A Polícia Militar confirmou o registro do Boletim de Ocorrência. A Polícia Civil não passou detalhes da investigação.