(Prefeitura de Varginha/Reprodução)
Um delegado, policiais civis, servidores do Departamento de Trânsito (Detran) das cidades de Varginha e Elói Mendes, no Sul de Minas, receptadores e despachantes de veículos são alvos da operação "Êxodo 23", realizada pelo Ministério Público de Minas Gerais, com apoio das polícias Militar e Civil, nesta quinta-feira (5). Eles são investigados pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, usurpação de função pública, inserção de dados falsos em sistema de informação, receptação qualificada e associação criminosa.
Ao todo, estão sendo cumpridos 37 mandados, sendo 16 de prisão preventiva e 21 de busca e apreensão. Dentre os mandados, há quatro de prisão e quatro de busca e apreensão em desfavor de policiais civis.
Participam das buscas 101 agentes, sendo 53 policiais militares, 23 policiais civis (da corregedoria), oito Promotores de Justiça e 17 servidores do Ministério Público.
Por meio de nota, a Polícia Civil informou que "não coaduna com qualquer desvio de conduta e/ou prática delituosa por parte de seus servidores, cabendo à Corregedoria-Geral de Polícia Civil tomar as providências legais referentes à atribuição correcional", esclareceu.
Os policiais civis presos serão encaminhados para a Casa de Custódia da Polícia Civil, em Belo Horizonte.
Investigações
A operação do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, realizada por meio da Promotoria de Justiça da Comarca de Elói Mendes, com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), núcleos Varginha e Passos, começou com investigações, que se originaram na Operação Calhambeque.
Na ocasião, apurou-se o pagamento de propina a policiais civis e servidores do Detran para favorecimentos em investigações envolvendo desmanches de veículos, retirada das anotações de sinistro dos documentos de veículos montados com peças produto de crime, vistorias não realizadas de fato pelos vistoriadores, agilização na expedição de documentos veiculares e para que emplacamentos e lacrações ocorressem fora do órgão de trânsito.
Na oportunidade, ainda foram oferecidas quatro denúncias e requeridas as prisões preventivas dos envolvidos. Foram fixadas ainda medidas cautelares de proibição de exercício profissional relacionado ao objeto das investigações e afastamento das funções públicas.
* Fonte: MPMG