RIO DE JANEIRO - Com foco na Parada do Orgulho LGBT, que será realizada no próximo domingo (18), policiais militares e civis receberam capacitação em direitos humanos nesta quarta-feira (14). A ideia é prepará-los para atender à população lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, moradores ou frequentadores do bairro Copacabana, que recebe a manifestação na orla.
As aulas foram dadas no 19º Batalhão de Polícia Militar, na 12ª Delegacia de Polícia, ambos em Copacabana, e na 13ª Delegacia de Polícia, em Ipanema. O foco foi “abordagens em sintonia com o respeito à diversidade e aos direitos humanos dessa população”, que com frequência sofre discriminação.
A organização é das secretarias de Direitos Humanos e de Segurança do Estado do Rio de Janeiro e consta do Programa Rio sem Homofobia, que propõe ações em várias áreas.
A 17ª Parada do Orgulho LGBT tem como tema desta edição Coração Não Tem Preconceitos - Tem Amor. A concentração está prevista para as 13h, na Praia de Copacabana, na altura do Posto 5.
Um grupo de mães de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, chamado Mães da Igualdade vai a frente dos 13 carros de som. Muitas são mães de vítimas da violência homofóbica. No Brasil, 266 LGBTs foram assassinados em 2011 por causa da orientação sexual.
“A parada traz a reflexão para a sociedade de que atrás do peito ou do silicone de cada ser humano bate um coração”, diz em nota o presidente do Grupo Arco-Íris, Julio Moreira, organizador do protesto. “O evento mostra que homossexualidade não é perversão”.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também participa recolhendo assinaturas para o Estatuto da Diversidade Sexual. A Defensoria Pública prestará orientações jurídicas gratuitas.