PL que dispõe sobre revisão geral do subsídio e do vencimento básico dos servidores públicos civis e militares recebeu parecer pela legalidade da CCJ da ALMG nesta terça
"Não se trata de uma paralisação, é um ato democrático de direito ordeiro e organizado da segurança pública", disse o presidente do sindicato da polícia penal de Minas (Maurício Vieira / Hoje em Dia)
Representantes de policiais penais de Minas realizam manifestação em frente à Assembleia Legislativa (ALMG), na tarde desta terça-feira (21), para protestar contra o reajuste proposto pelo governo Zema à categoria. Eles informaram que irão adotar o regime de "estrita legalidade" - quando parte dos serviços é suspensa por protesto e os oficiais cumprem à risca o que está determinado na lei - para pressionar um aumento salarial maior do que os 3,62% propostos.
O Projeto de Lei (PL) 2.309/24, que dispõe sobre a revisão geral do subsídio e do vencimento básico dos servidores públicos civis e militares do Poder Executivo, recebeu, nesta terça-feira (21), parecer pela legalidade da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da ALMG e, agora, segue para análise da Comissão de Administração Pública, em 1º turno."Não se trata de uma paralisação, é um ato democrático de direito ordeiro e organizado da segurança pública. Estamos clamando por justiça", ressaltou o policial penal Luiz Gelada, presidente do Sindicato da Polícia Penal de Minas.
Na avaliação da categoria, o reajuste proposto de 3,62% não paga as perdas inflacionárias, que ela calcula ser de 41,6% de defasagem de perda salarial.
"O que esse governo está fazendo com a segurança pública, onde o mesmo não paga as perdas inflacionárias, é uma coisa muito maldosa, que entendemos que é assessorado por pessoas maldosas que não gostam da segurança pública", reclamou Luiz Gelada.
"A estrita legalidade é uma espécie de paralisação branca", ressaltou o deputado estadual Sargento Rodrigues (PL), que durante a tramitação do reajuste de 3,62% na CCJ, propôs emenda para recompor, em 10,67%, os vencimentos dos militares, mas a sugestão foi barrada.
"Vários sindicatos estão deliberando pela estrita legalidade e a resposta ao governador Romeu Zema. Infelizmente, ele tem mostrado a frieza, ele não dialoga com os servidores. Ele fez promessas várias vezes, se comprometeu em pagar a recomposição e não pagou, inclusive a inflação de 2022/2023. Mas o seu próprio salário ele aumentou em 300%", salientou o parlamentar.
O Hoje em Dia solicitou um posicionamento do governo de Minas e irá atualizar esta matéria após o retorno.