(Tatiana Moraes)
Um policial militar do Batalhão de Choque matou o motorista Anderson Cardoso Inácio, 48 anos, com um tiro no tórax, na manhã desta sexta-feira (2), após um desentendimento no trânsito na avenida Teresa Cristina.
Esse é a segunda morte atribuída ao militar. Na década de 1990, ele foi condenado por um homicídio na cidade de Cruzília e cumpriu pena de reclusão. Ambos os crimes foram cometidos enquanto ele estava de folga.
O homicídio desta sexta-feira (2) ocorreu na avenida Teresa Cristina, no encontro com a Via Expressa, região Oeste da capital. A avenida foi interditada na altura do viaduto da Amazonas e o trânsito ficou caótico na região.
Há pelo menos duas versões conflitantes sobre o crime. De acordo com testemunhas, houve uma discussão entre os dois motoristas, e o policial sacou a arma e matou a vítima.
Por outro lado, segundo o major Flavio Santiago, o policial militar que efetuou o disparo alegou que estava dirigindo na via, a bordo de um carro Polo de cor preta, e foi fechado por uma caminhonete Ford Ranger. Ele imaginou que estivesse sendo vítima de um assalto, desceu do carro, com uma pistola 765 em punho, e atirou contra o tórax da vítima.
O militar, que está na instituição já 27 anos, não mencionou ter visto alguma arma, nem mesmo se foi ameaçado verbalmente.
O policial estaria acompanhado da esposa e, após o disparo, retornou ao veículo e dirigiu em direção à casa deles. Depois, o militar foi ao Batalhão de Choque, onde trabalha na sala de operações, para se entregar e apresentar a arma utilizada no crime, que seria legalizada e estaria no nome do policial. Ele foi preso em flagrante.
A vítima trabalharia na construção civil e estava acompanhada de um pedreiro, indo rumo ao veterinário para levar uma cadela, que estava na caminhonete.
O pedreiro informou que só ouviu o disparo e abaixou a cabeça.