(FEDERICO PARRA / AFP)
O inspetor-chefe da divisão de apoio aéreo da polícia científica da Venezuela, Oscar Pérez, de 36 anos, foi o responsável por usar um helicóptero da corporação para sobrevoar as sedes do Executivo e do Judiciário em Caracas e exibir uma faixa contras o presidente Nicolás Maduro. Em seu perfil no Instagram, Pérez afirmou que representava "uma coalizão entre funcionários militares, policiais e civis, em busca do equilíbrio e contra este governo transitório e criminoso".
O policial disse que os integrantes desse grupo não pertencem a nenhuma tendência político-partidária, mas se consideram nacionalistas, patriotas e institucionalistas. Segundo Pérez, o combate que esse grupo pretende fazer não é contra o restante das forças de segurança venezuelanas, mas sim "contra a impunidade e contra o governo nefasto" de Maduro. Como argumento, ele diz que a tirania, a morte de inocentes que lutam por seus direitos, a fome, a falta de saúde e o fanatismo político são as razões pela luta da coalizão.
"É por isso que fizemos um chamado a todos os venezuelanos do oriente ao ocidente e de norte a sul para que se unam a essa força de luta e saiamos às ruas em todo o país para reencontrarmos com nossas Forças Armadas e, juntos, recuperemos nossa amada Venezuela."
Na noite de terça-feira, Pérez atirou granadas contra a sede do Ministério do Interior do país e disparou tiros contra a Suprema Corte. Para ele, o ato é uma demonstração de força "com o único fim de devolver o poder ao povo democrático e, assim, cumprir e fazer com que as leis sejam cumpridas, para restabelecer a ordem constitucional".Leia mais:
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