"8 de janeiro só não foi golpe perfeito da esquerda porque eu estava fora", diz Bolsonaro em BH
Ex-presidente passa a quarta-feira (26) na capital mineira e discursa para apoiadores relembrando o dia em que houve invasão no Palácio do Planalto
Bolsonaro em BH: "muito obrigado a todos vocês por este momento; um abraço aos homens, um beijo às mulheres" (Maurício Vieira / Hoje em Dia)
"O 8 de janeiro só não foi um golpe perfeito da esquerda porque eu estava fora do país". Palavras do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante discurso no encontro estadual do partido realizado em Belo Horizonte nesta quinta-feira (26). Durante o evento, Bolsonaro esteva sentado ao lado do vice-governador de Minas, Mateus Simões (Novo).
"Se eu estivesse aqui, teria sido preso ou morto naquela madrugada", complementou Bolsonaro, antes de comentar a respeito de mais uma manifestação que será realizada na avenida Paulista, uma das principais de São Paulo - marcada para o próximo domingo (29). O objetivo é reunir simpatizantes para fazer frente aos momentos que antecedem o veredito que será dado pelo STF, previsto para agosto, no processo que investiga a trama golpista - a qual o ex-presidente é acusado de ter liderado.
Antes do evento, Bolsonaro se reuniu com Mateus Simões, que está ocupando a função de chefe do Executivo Estadual devido à viagem de Romeu Zema (Novo) ao Oriente. O assunto não foi revelado. O ex-presidente apenas citou ter se tratado de um bate-papo.
"Quem diria que, no próximo domingo, faremos mais uma manifestação na Paulista para falar sobre liberdade — ainda mais aqui em Minas Gerais — e também sobre justiça. Nossa Justiça é a mais cara do mundo, e nós vamos clamar por justiça e pela anistia de inocentes. Quem diria que chegaríamos a esse ponto? E por que estou aqui? Porque ainda acredito que é possível mudar", discursou Bolsonaro.
O ex-presidente aproveitou para reforçar a importância de os apoiadores elegerem candidatos do Partido Liberal nas próximas eleições, em 2026.
"O fortalecimento do Senado será a foto mais importante de vocês aqui. Isso trará equilíbrio entre os poderes. Aí sim poderemos falar em democracia e liberdade. Acredito em cada um de vocês. Hoje temos um pré-candidato ao Senado. Todos estão na disputa. O que peço é que, se um nome for escolhido por critério técnico, todos apoiem esse nome em paz. Não podemos perder essa última chance de mudar o Brasil", ressaltou.