Facada em Bolsonaro

Adélio Bispo passa por perícia que pode tirá-lo da prisão, no Mato Grosso do Sul

Jader Xavier
@ojaderxavierjsbarbosa@hojeemdia.com.br
25/07/2022 às 14:01.
Atualizado em 25/07/2022 às 14:27
 (Tomaz Silva / Agência Brasil)

(Tomaz Silva / Agência Brasil)

Autor da facada no então candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro, em 2018, Adélio Bispo de Oliveira vai passar por perícia no presídio federal de Campo Grande (MS) na tarde desta segunda-feira (25). O procedimento irá avaliar se Adélio ainda possui "transtorno delirante persistente" ou se está apto a viver em sociedade.

A determinação é da 5ª Vara Federal de Campo Grande. Por estar preso desde 2019 considerado inimputável (impedido de ser condenado por causa de sua situação clínica), ele tem que passar por uma avaliação a cada três anos. Esse prazo venceu em junho.

Peritos de João Pessoa e do Rio de Janeiro serão os responsáveis pelo atendimento ao preso. Se o laudo, que sai em até 30 dias, constatar que Bispo não tem mais o mesmo quadro de três anos atrás, ele será solto.

O processo criminal já está em trânsito julgado. O Ministério Público Federal e o presidente Jair Bolsonaro não recorreram da decisão que considerou Adélio Bispo como inimputável.

Relembre

Por volta das 15h40 do dia 6 de setembro de 2018, Bolsonaro, então candidato a presidente, levou uma facada no abdômen, durante um ato de campanha na região central de Juiz de Fora, na Zona da Mata. Ele foi levado para o hospital e recebeu atendimento médico.

O autor da facada foi preso logo após o ato e levado para a delegacia. No boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, no ato de prisão de Adélio Bispo, o crime foi descrito da seguinte forma:

“Este nos informou que saiu de casa com uma faca de uso pessoal afim (sic) de acompanhar a comitiva, e no melhor momento pudesse tentar contra a vida do candidato, assim tendo feito no momento em que a comitiva passava pela rua Batista, por achar ser o mais oportuno." 

Ainda segundo o documento da PM, Adélio teria dito que "o motivo do intento se deu por motivos pessoais, os quais não iríamos entender, dizendo também em certos momentos que foi a mando de Deus”.

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