Adélio Bispo passa por testes complementares para verificar insanidade mental

Daniele Franco
16/01/2019 às 14:27.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:04
 (Youtube/Reprodução)

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Adélio Bispo de Oliveira, acusado de esfaquear o então candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL), passou por mais exames para investigar sua sanidade mental. De acordo com a 3ª Vara Federal de Juiz de Fora, nessa terça-feira (15) foram realizados um eletroencefalograma e o Teste Psicológico Rorschach no suspeito. 

Os exames são testes complementares solicitados por uma psiquiatra forense e, para o advogado do acusado, Zanone Manuel de Oliveira, podem ser juntados aos exames psiquiátricos realizados no dia 3 de dezembro do ano passado. "Não temos certeza, mas os resultados destes podem ser usados como fonte subsidiária para nortear os exames psiquiátricos", acredita.

Zanone ainda contou que a defesa de Adélio não teve acesso aos resultados dos exames anteriores. A Justiça, por sua vez, disse que os laudos serão divulgados juntos, atestando ou não a insanidade mental do réu. Para os novos testes, a perita tem um prazo de 10 dias para apresentar o laudo, e, quando ele for entregue, será aberta vista à defesa e acusação.

Em caso de confirmada a insanidade mental de Adélio, ele é considerado inimputável, sendo isento do cumprimento de pena. Do contrário, a ação penal seguirá o curso normal e a audiência será marcada.

Teste psicológico

O teste de Roscharch, aplicado nessa terça-feira (15) em Adélio, é utilizado como forma de avaliação psicológica. A técnica utiliza cartões com manchas de tinta como forma de identificar traços da personalidade do paciente. É um teste de observação, no qual o profissional mostra à pessoa as imagens e ela responde o que vê. Por meio das observações do paciente, o perito anota as características que apontam as tendências de comportamento.

Relembre

O atentado que deixou gravemente ferido o presidente Jair Bolsonaro (PSL) aconteceu em Juiz de Fora, na Zona da Mata, no dia 6 de setembro do ano passado. O crime aconteceu enquanto Bolsonaro participava de um ato de campanha, quando era candidato, em um calçadão no Centro da cidade.

O então candidato teve o fígado e a alça intestinal atingidos e precisou passar por uma série de cirurgias para tratar os ferimentos. Adélio Bispo foi preso em flagrante no dia do atentado e alegou ter agido sozinho.

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