Aécio manda recado para Dilma: se quiserem dialogar, apresentem propostas

Agência Estado
04/11/2014 às 17:21.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:54
 (Wilson Dias/Agência Brasil)

(Wilson Dias/Agência Brasil)

Na tentativa de se posicionar como líder da oposição, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou nesta terça-feira, ao chegar no Congresso Nacional, que vai "ser a oposição sem adjetivos". "Eu chego hoje ao Congresso Nacional para exercer o papel que me foi delegado por grande maioria da população brasileira, por 51 milhões de brasileiros. Se quiserem dialogar, apresentem propostas que interessem aos brasileiros. No mais, vamos cobrar explicações e eficiência".

Presidente nacional do PSDB, o senador mencionou as manifestações pós-eleições de eleitores frustrados com o resultado das eleições e sobre pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff e intervenção militar. "Eu respeito a democracia permanentemente e qualquer utilização dessas manifestações no sentido de qualquer tipo de retrocesso terá a nossa mais veemente oposição. Eu fui o candidato das liberdades, da democracia, do respeito. Aqueles que agem de forma autoritária e truculenta estão no outro campo político, não estão no nosso campo político."

Sobre o seu estilo de fazer política, também afirmou que defenderá as liberdades. "Hoje o Brasil se encontra com o seu futuro a partir das manifestações que estamos vendo ocorrerem em várias partes do País. A nossa posição será sempre em defesa intransigente da democracia, das liberdades, contra qualquer tentativa de cerceamento da liberdade de imprensa e de quaisquer outras liberdades, sejam coletivas ou individuais." Recepção
  Aécio chegou nesta terça-feira por volta das 15h15 ao Congresso Nacional sob gritos "Aécio", "Presidente", "Fora PT" e versos do "Hino Nacional" proferidos por cerca de 600 pessoas, entre militantes, assessores e parlamentares, segundo estimativa de seguranças do Legislativo.   Candidato derrotado no segundo turno pela presidente Dilma Rousseff (PT), o senador mineiro aparece pela primeira vez em Brasília para "assumir" o seu "papel de líder da oposição".   Em rápida entrevista no aeroporto de Brasília, o senador declarou: "Vamos cobrar tudo o que o governo prometeu e não está cumprindo. Não me sinto derrotado, me sinto um vitorioso, porque defendemos o que está vivo no coração dos brasileiros".   
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