Algoz, Gurgel convence Corte de que houve mensalão

Mariângela Gallucci e Ricardo Brito
10/10/2012 às 11:42.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:58

Nem quando é comparado ao apresentador e humorista Jô Soares, com quem guarda semelhança física, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, desamarra a fisionomia quase sempre séria. Apesar de não ter sido o autor da denúncia que acusou 40 pessoas de envolvimento com o mensalão, Gurgel ficará para história como o algoz dos condenados pelo Supremo Tribunal Federal, em especial o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

E ele quer mais. Após a condenação, pedirá que o STF mande os condenados para a cadeia imediatamente. Se isso for aceito, a Corte mudará a jurisprudência segundo a qual um condenado só deve começar a cumprir a pena depois de esgotadas todas as chances de recurso.

A denúncia contra as 40 pessoas suspeitas de participar do mensalão foi apresentada em 2006 ao Supremo pelo então procurador-geral Antonio Fernando de Souza. Mas coube a Gurgel o trabalho de convencer o plenário da Corte de que Dirceu participou do esquema, mesmo não tendo sido descoberto durante a investigação nenhum documento comprovando que ele comandou, nas palavras do procurador, "o mais atrevido e escandaloso caso de corrupção e de desvio de dinheiro público flagrado no Brasil". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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