(José Cruz/ABR/Arquivo)
O deputado federal Paulinho da Força, presidente nacional do Solidariedade, afirmou em nota enviada à imprensa que o partido dele já apoiava, desde 2013, o senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Os dois parlamentares foram alvo de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (11), no âmbito da Operação Ross, que investiga a suposta compra de apoio do SD pelo tucano em 2014.
"A delação da JBS foi desmoralizada publicamente e a fraude realizada pelos delatores foi comprovada com a prisão dos dois empresários pelo Superior Tribunal Federal (STF). A acusação absurda de compra de apoio do partido Solidariedade para a candidatura à Presidência de Aécio Neves, em 2014, beira o ridículo", diz a nota de Paulinho.
Segundo a assessoria do deputado, ele se colocou à disposição da Justiça para prestar quaisquer esclarecimentos, "desde que lhe seja facultado acesso ao processo previamente".
Corrupção
De acordo com a PF, Aécio Neves teria comprado apoio político do Solidariedade, por R$ 15 milhões, e empresários paulistas ajudaram com doações de campanha e caixa 2, por meio de notas frias. Os valores investigados ultrapassam R$ 100 milhões. "As vantagens teriam sido solicitadas a um grande grupo empresarial do ramo dos frigoríficos que teria efetuado o pagamento, inclusive para fins da campanha presidencial de 2014", informou a PF por nota.
No total, 200 homens trabalham na ação, que faz parte do inquérito 4519, que tem como relator no Supremo Tribunal Federal (STF) o ministro Marco Aurélio Neto. A Justiça Federal expediu 24 mandados de busca e apreensão e 48 intimações para oitivas.
Nome
O nome da Operação Ross é referência ao explorador britânico que dá nome à maior plataforma de gelo do mundo, na Antártida, fazendo alusão às notas fiscais frias que estão sendo investigadas.
*Com Estadão Conteúdo