Destinado a Bolsonaro

Anderson Torres reconhece documento sobre intervenção no TSE, mas diz estar 'fora de contexto'

Hermano Chiodi
hcfreitas@hojeemdia.com.br
12/01/2023 às 19:29.
Atualizado em 12/01/2023 às 19:34
Pedido para que oitiva seja no dia 23 foi feito a Alexandre de Moraes
 (Marcelo Camargo/ Agência Brasil)

Pedido para que oitiva seja no dia 23 foi feito a Alexandre de Moraes (Marcelo Camargo/ Agência Brasil)

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres, reconheceu a existência de uma minuta feita para possibilitar a intervenção do ex-presidente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o objetivo de mudar o resultado das eleições gerais de 2022.

O documento foi encontrado em um armário no quarto do ex-ministro, durante operação de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal na última terça-feira (10), a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A informação foi divulgada inicialmente pelo jornal Folha de S.Paulo. Anderson Torres, no entanto, disse que o documento foi tirado de contexto.

"O citado documento foi apanhado quando eu não estava lá e vazado fora de contexto, ajudando a alimentar narrativas falaciosas contra mim. Fomos o primeiro ministério a entregar os relatórios de gestão para a transição. Respeito a democracia brasileira. Tenho minha consciência tranquila quanto à minha atuação como ministro", declarou o ex-ministro.

Ele disse ainda que interromperá as férias e retornará ao Brasil para apresentar sua defesa. Ainda na terça, Alexandre de Moraes decretou a prisão de Torres, que estava na função de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e é acusado de possível omissão durante os atos de vandalismo cometidos por manifestantes golpistas no último domingo (8), em Brasília (DF).

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