(Amira Hissa/PBH)
O candidato ao governo de Minas Alexandre Kalil (PSD) afirmou que foi criticado na gestão do transporte público em Belo Horizonte porque tentou enfrentar o problema de verdade. Ele fez referência ao governo de Romeu Zema (Novo) que, na opinião de Kalil, não enfrentou o problema adequadamente.
“Eu prefiro apanhar enfrentando do que não fazer nada. Não dá para comparar os ônibus de transporte intermunicipal com os ônibus de Belo Horizonte. No nosso governo em BH, nós fiscalizamos, passamos a fazer exigências. No transporte intermunicipal tem ônibus sem lâmpada. Houve um abandono e todo ano teve aumento”, afirmou o candidato em entrevista ao podcast "Frango com Quiabo", nesta quarta-feira (24), transmitido no portal G1.
Alexandre Kalil vai para a disputa com o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e tem como principal adversário o atual governador Romeu Zema, que busca a reeleição.
BHTrans
Kalil foi questionado sobre suas falas enquanto candidato a prefeito de Belo Horizonte, dizendo que iria “abrir a caixa preta da BHTrans” e sobre sua relação com a autarquia e empresas do setor. Kalil negou que tenha sido omisso no caso. “Mais que abrir a caixa-preta da BHTrans, eu acabei com ela”, disse em referência ao encerramento das atividades do órgão durante sua gestão.
Ele ainda classificou de “circo” a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aberta na Câmara Municipal de Belo Horizonte para investigar a relação de Kalil com empresários do setor de transporte da capital.
“Nenhuma quebra de sigilo solicitada pela comissão foi aceita pela Justiça”, afirmou Kalil. Ele ainda ironizou o fato de que a CPI, que pretendia investigar subsídio dado pela prefeitura às empresas durante a pandemia, foi encerrada autorizando um subsídio anual de até R$ 200 milhões a essas mesmas empresas.
O ex-prefeito de Belo Horizonte voltou a relacionar a CPI com os interesses eleitorais de vereadores e do governo estadual.
Evitar promessas
O ex-prefeito de Belo Horizonte seguiu a linha que tem adotado em suas falas públicas e evitou fazer promessas. Segundo ele, o transporte público mudou e indicou que qualquer melhoria, inclusive no transporte interestadual, passa por repensar o sistema e precisa incluir a possibilidade de subsídio público.
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