'Apesar de não ter simpatia por ela, não desejo isso', diz Bolsonaro sobre atentado contra Kirchner
O presidente Jair Bolsonaro lamentou a tentativa de assassinato cometido contra a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, na noite dessa quinta-feira (1º), por um brasileiro residente naquele país.
"Apesar de não ter simpatia por ela, não desejo isso", disse o candidato à reeleição na manhã desta sexta-feira (2), em entrevista a jornalistas durante visita à Expointer, em Esteio, no Rio Grande do Sul.
Bolsonaro disse ainda que já encaminhou uma "notinha" para Kirchner, que foi presidente da Argentina entre 2007 e 2015. No entanto, ele fez questão de lembrar do atentado à faca que sofreu na campanha de 2018 e que não recebeu a mesma preocupação de "adversários políticos". "Quando eu tomei a facada, teve gente que vibrou por aí", comentou o presidente.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos França, também se manifestou sobre o assunto em entrevistas, mas, oficialmente, o governo brasileiro ainda não se pronunciou sobre o atentado de Cristina Kirchner.
Outros presidentes latinos, como Gabriel Boric, do Chile; Luis Alberto Arce, da Bolívia; Mario Abdo Benítez, do Paraguai; Luis Lacalle Pou, do Uruguai; e Pedro Castillo, do Peru, utilizaram as redes sociais para manifestarem solidariedade à ex-presidente argentina, ainda na noite dessa quinta.
O atual presidente dos argentinos, Alberto Fernández, e líderes de diferentes partidos do país, também se manifestaram sobre o incidente.
Atentado na Argentina
Na noite dessa quinta feira (1º), o brasileiro Fernando Andrés Sabag Montiel, de 35 anos, foi detido, suspeito de tentar matar Cristina Kirchner, vice-presidente da Argentina, na capital Buenos Aires.
Vídeos flagraram o momento em que Fernando saca um revólver e tenta dar um tiro na cabeça da ex-presidente. O tiro não saiu e o criminoso foi detido por apoiadores e seguranças de Kirchner.
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