(Ricardo Barbosa-ALMG)
Uma reunião com os caciques do Cidadania em Minas deve definir os apoios do partido para o segundo turno, no estado. De acordo com o deputado estadual reeleito João Vítor Xavier, presidente do partido em Minas, ainda não há nenhum direcionamento até agora.
“Não tem uma posição oficial tomada pelo partido aqui. Não houve deliberação. Vou conversar com os deputados eleitos”, afirmou.
A declaração foi dada após o presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, declarar que o partido vai apoiar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa presidencial.
A decisão tirou o partido da condição de “neutralidade” e trouxe dúvidas sobre o comportamento da legenda em Minas, onde o Cidadania tem afinidade com o governador reeleito Romeu Zema (Novo), que estará com Bolsonaro no segundo turno.
Polêmica
No primeiro turno, o Cidadania envolveu-se em uma polêmica entre o partido Novo, do governador Romeu Zema e o PSDB. Zema convidou o jornalista Eduardo Costa (Cidadania) para compor chapa e ser seu vice na disputa pela reeleição. Contudo, o PSDB, que forma uma federação com o Cidadania, rejeitou a aliança.
Sem o acordo, Zema foi obrigado a desistir da parceria com Eduardo Costa, que chegou a divulgar um vídeo com duras críticas aos tucanos, especialmente ao deputado Aécio Neves (PSDB).
Por causa desta disputa, o Cidadania decidiu apoiar Zema e não fazer campanha para o candidato do PSDB, o ex-deputado Marcus Pestana, na disputa pela sucessão estadual.
Na manhã desta terça-feira (4), o governador Romeu Zema viajou até Brasília para anunciar que irá apoiar Bolsonaro formalmente na corrida eleitoral do segundo turno.
A dúvida, neste momento, é se o Cidadania em Minas irá seguir o caminho de Zema ou irá tomar uma decisão considerando a deliberação da Executiva Nacional do partido.
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